Economia

Confiança da indústria do Brasil tem leve avanço em setembro após 3 quedas, diz FGV

O Índice de Confiança da Indústria (ICI) subiu 0,1 ponto em setembro na comparação com o mês anterior
Confiança da indústria do Brasil tem leve avanço em setembro após 3 quedas, diz FGV
Foto: Carla Carniel/Reuters

A confiança da indústria no Brasil apresentou ligeiro avanço em setembro, interrompendo três meses seguidos de quedas, com a melhora das avaliações sobre o momento atual compensando o pessimismo com o futuro, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV) nesta sexta-feira.

O Índice de Confiança da Indústria (ICI) subiu 0,1 ponto em setembro na comparação com o mês anterior, para 90,5 pontos, de acordo com os dados da FGV.

O Índice de Situação Atual (ISA), que mede o sentimento dos empresários sobre o momento presente do setor industrial, teve alta de 1,6 ponto e foi a 95,0 pontos.

“A melhora das avaliações sobre o momento atual dos negócios possui característica compensatória após o resultado mais fraco no mês passado, enquanto os estoques continuam em patamar acima do desejável na grande maioria dos segmentos”, explicou Stéfano Pacini, economista do FGV IBRE.

O Índice de Expectativas (IE), indicador da percepção sobre os próximos meses, recuou 1,5 ponto, para 86,1 pontos, pior resultado desde junho de 2020 (75,8 pontos).

“Quanto ao futuro, o sentimento de pessimismo é notado em todas as categorias de uso. O resultado da sondagem está em linha com a complexidade do ambiente macroeconômico para o setor industrial. Neste segundo semestre, os empresários indicam desaceleração da atividade econômica, resultado de um ambiente de contração da política monetária e de aumento da incerteza, amplificada pelas questões externas envolvendo EUA e Brasil”, completou Pacini.

Na véspera, o Banco Central piorou sua projeção de crescimento econômico em 2025 a 2,0%, ante patamar de 2,1% apontado em junho. Depois de manter a taxa básica de juros Selic em 15%, o BC afirmou que, após avaliar os efeitos acumulados do choque de juros, entrou agora em um novo estágio da política monetária que prevê taxa Selic inalterada por longo período para buscar a meta de inflação.

(Conteúdo distribuído por Reuters)

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