Economia

Construtora Mascarenhas Barbosa Roscoe completa 90 anos

Empresa é a mais antiga do setor em Minas Gerais e conta com aproximadamente 500 obras em seu portfólio
Construtora Mascarenhas Barbosa Roscoe completa 90 anos
Plano da Mascarenhas Barbosa Roscoe compreende investir cerca de 10% do faturamento nas áreas de tecnologia e inovação | Crédito: Divulgação / Mascarenhas Barbosa Roscoe

No dia 9 de abril de 1934, nasceu em Belo Horizonte a construtora mais antiga de Minas Gerais e uma das três mais antigas do Brasil em atividade atualmente: a Mascarenhas Barbosa Roscoe, criada por Antônio Mascarenhas Barbosa e João Roscoe, amigos recém-formados em Engenharia. Especializada em construção civil pesada, a empresa se tornou uma referência do setor no País.

O primeiro contrato da construtora da Mina Gerais foi fechado com o governo estadual, em 1936, para construção do Hospital Colônia São Francisco de Assis, no município de Bambuí, no Centro-Oeste do Estado. E depois disso não parou mais, conquistando construções importantes de players como Vale, ArcelorMittal, Gerdau, Anglo American, Grupo Simec, Usiminas, Hydro, Ternium, Thyssenkrupp, Vallourec, entre outros. Hoje, a MBR está atuando na obra de número 507. 

A longevidade da construtora é atribuída pelo diretor-presidente, Annibal Ferraz, aos princípios e valores, além da paixão pela engenharia dos fundadores e do atual presidente do Conselho de Administração, Luiz Fernando Pires – que completa 30 anos de empresa neste ano. Conforme o executivo, simplicidade, respeito, comprometimento, sustentabilidade, foco no relacionamento e a melhoria contínua dos processos e do atendimento são razões para o sucesso da companhia. 

“Não tem como falar em longevidade se não tiver uma estratégia muito forte com princípios, valores e pessoas. Esse é o grande trunfo que nos leva até hoje”, destaca Ferraz. Ele também enfatiza que a empresa sempre trabalhou com a aceitação do “novo” e nas últimas três décadas passou a focar na siderurgia, mineração, saneamento e na indústria químico-farmacêutica, entendendo os mercados – atualmente, os principais da MBR – e se adaptando a eles. 

Faturamento de meio bilhão em 2023 e os próximos passos da MBR

A perenidade dos negócios também fez parte da trajetória da Mascarenhas nesses 90 anos de atividade. Com esse pensamento de crescer de forma organizada e contínua, a companhia ultrapassou, em 2023, meio bilhão de faturamento e espera manter essa marca neste ano. 

Minas Gerais é o estado que tem o maior percentual de participação no faturamento da empresa. Rio de Janeiro, São Paulo e Pará também são regiões relevantes para os negócios. A construtora, entretanto, é considerada uma companhia “trincheira”, que atende a todo o território nacional. 

De acordo com o diretor-presidente, o ano passado foi bastante importante para a construtora, não só economicamente, com o fechamento de grandes contratos. No período, a MBR realizou um investimento na área social jamais visto em toda a sua história. E no que diz respeito a 2024, Ferraz tem uma expectativa positiva de que os grandes clientes façam os investimentos que estão previstos para acontecer no mercado e os empreendimentos privados ocorram efetivamente. 

Com um setor de engenharia dedicado a estar na frente de oportunidades, trabalhando fortemente em novas soluções técnicas, inovadoras e tecnológicas que possibilitam melhorias de equipamentos, produtividade e gestão, a Mascarenhas já pensa no centenário. Nos planos da companhia rumo aos cem anos está, justamente, seguir investindo cerca de 10% ou mais do orçamento para as áreas de tecnologia e inovação, estando sempre na vanguarda do setor. 

Construtora criou mais de 157 mil empregos ao longo de sua história

Além de aportar valores significativos em programas sociais importantes relacionados a educação como o Instituto Superatum e o Projeto Viva e contribuir para o desenvolvimento das comunidades das quais realiza obras, a MBR também gerou mais de 157 mil empregos ao longo de nove décadas de atuação. Somente em 2023, a empresa nascida em Minas Gerais empregou cerca de 4 mil pessoas. Para 2024, Ferraz diz que a construtora deve empregar o mesmo volume.

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