Consumidor está mais exigente na Black Friday

Uma das datas mais aguardadas pelo comércio, a Black Friday terá interessados mais exigentes este ano. Segundo pesquisa “Intenção de Consumo Black Friday” da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Minas Gerais (Fecomércio-MG), o consumidor quer mais do que descontos nos preços, como facilidade no pagamento, variedade de produtos e marcas e atendimento de qualidade.
As três ações foram as mais citadas pelos consumidores para estimular as compras, sendo 29% para facilidade de pagamento, 23% para variedade de marcas e produtos e 21,1% para atendimento diferenciado. O levantamento foi realizado pelo Núcleo de Inteligência e Pesquisa da entidade e objetiva conhecer as intenções da população belo-horizontina em relação às ações das lojas físicas e virtuais na data.
“O preço é um ponto relevante, mas o consumidor também quer ser bem atendido. Não adianta você dar um preço bom e ser tratado de uma forma, vamos dizer assim, mais dura. Ele quer um atendimento mais humanizado”, comentou o economista da Fecomércio MG, Gilson Machado.
O economista também explicou a diversidade nas formas de pagamentos, produtos e marcas buscadas pelos consumidores. “Ele também pretende essa diversificação de pagamento, não quer só desconto, ele quer poder usar outros meios para pagar, quer aproveitar isso. E também busca essa variedade de produtos e marcas. Sabemos que, com o passar do tempo, temos mais ofertas de produtos e marcas. Então, ele quer consumir um determinado tipo de produto que esteja ofertado com preços melhores”, disse.
Segundo a pesquisa, 81% dos consumidores de Belo Horizonte dizem conhecer a Black Friday. Dos que conhecem a data, mais da metade, 53%, afirma que irá às compras no período. A maioria dos que estão decididos a comprar (56,4%) pode se permitir comprar produtos não planejados, a depender do tamanho dos descontos.
Apenas 25,8% das pessoas que conhecem a Black Friday compraram produtos em lojas físicas no ano passado. E 77,6% de quem fez compras on-line verificou a reputação da empresa antes de efetuar a compra.
Expectativa alta
O economista destacou que por ser em novembro, a Black Friday conta com a vantagem de boa parte das pessoas ter recebido a primeira parcela do 13º salário. Além disso, a melhora na economia brasileira, inflação controlada e diminuição do desemprego fazem com que a expectativa seja de um período forte de vendas.
“Isso faz com que as pessoas estejam mais capitalizadas, em função do 13º. A melhora no ambiente econômico traduz em maior poder de compra, já que a inflação está mais controlada, ou seja, posso consumir que meu dinheiro vale mais. Como tem mais pessoas empregadas, há mais circulação de dinheiro. Então, isso favorece com que a data seja forte, seja importante e interessante para o mercado”, explicou Machado.
Roupas, calçados e acessórios compõem a categoria mais visada de produtos e serviços na data, tanto em lojas físicas (31,1%) quanto nas virtuais (36,5%).
Pesquisa com antecedência
Além de dados sobre perfil e intenções do consumidor, o levantamento também revela o comportamento. Cada vez mais pessoas têm pesquisado os preços dos produtos com maior antecedência. Um terço (33,3%) das pessoas que compraram em lojas físicas ano passado pesquisou preços antes de irem às compras. Já quem comprou em lojas virtuais, o percentual foi de 53,9%.
Ensaio para o Natal
A pesquisa mostra que a Black Friday também se tornou uma espécie de “ensaio” para o Natal. De cada três consumidores, um antecipará a compra do período natalino para novembro. O economista também considerou que essa intenção está relacionada pelo recebimento da primeira parcela do 13º salário, que dará maior disponibilidade de renda no mês.
Ouça a rádio de Minas