Consumo de gás natural tem alta de 6%
São Paulo – O consumo de gás natural no Brasil aumentou 6% no primeiro semestre de 2018, na comparação com igual período no ano passado, para 61,3 milhões de metros cúbicos/dia, com impulso da indústria e do segmento automotivo, informou a Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Gás Canalizado (Abegás) ontem. O consumo de gás pela indústria, que responde pela maior parte da demanda entre os segmentos analisados pela Abegás, cresceu 3,8%, para 27,6 milhões de metros cúbicos/dia. Já o segmento automotivo registrou aumento de mais de 10%, para 5,8 milhões de metros cúbicos/dia. “Depois de um período de retração da atividade econômica vivida pelo País, o consumo de gás natural segue em crescimento, mesmo com influência da paralisação dos caminhoneiros no final de maio e as paradas durante os jogos da seleção brasileira na Copa do Mundo, fatores que afetaram a produção industrial”, disse o presidente executivo da Abegás, Augusto Salomon, em nota. Ele destacou o consumo de Gás Natural Veicular (GNV), dizendo que o crescimento desse segmento tende a ser mais significativo com o aumento da procura pelas conversões de veículos observado a partir da crise de abastecimento de combustíveis líquidos decorrente da paralisação dos caminhoneiros, em maio. O consumo de GNV no Brasil deverá avançar cerca de 12% em 2018, para uma média de 6,1 milhões de metros cúbicos por dia, disse a Abegás à Reuters, na semana passada. De acordo com o dirigente, o aumento da demanda para geração elétrica a gás natural também foi significativo e sinaliza a importância estratégica de o País alterar o planejamento energético, prevendo a inserção das térmicas a gás natural na base do sistema elétrico para preservar e recuperar os reservatórios hídricos, em vez de apenas no horário de ponta ou em situações de risco hidrológico. A demanda para a geração elétrica foi de 21,7 milhões de metros cúbicos/dia, alta de 18%. Em junho, o consumo de gás no Brasil somou 72,3 milhões de metros cúbicos/dia, em média, alta de 23,5% na comparação com o mesmo mês do ano passado.
Ouça a rádio de Minas