Economia

Demanda por crédito cresce 10,2% em Minas

Indicador da Serasa Experian mostra avanço concentrado entre consumidores de menor renda; apesar da alta, Minas tem queda mensal e lidera variação acumulada anual na região
Demanda por crédito cresce 10,2% em Minas
Foto: Reprodução Adobe Stock

A demanda dos mineiros por crédito aumentou 10,2% em agosto, na comparação com o mesmo período do ano passado. Os dados são do Indicador de Demanda dos Consumidores por Crédito, realizado pela Serasa Experian e divulgado nessa quarta-feira (26). O resultado fez com que o Estado apresentasse a menor variação entre os entes da região Sudeste, seguido por São Paulo (11,7%), Espírito Santo (11,8%) e Rio de Janeiro (13%).

Os dados de agosto, comparados aos de julho, também mostram Minas abaixo dos outros estados da região e da média nacional, com queda de 4,4% na busca por crédito.

A explicação para a busca da população por alternativas orçamentárias, segundo a economista da Serasa Experian, Camila Abdelmalack, é que há uma alta taxa de inadimplência no Brasil, que bateu o recorde da série histórica iniciada em 2011. Em junho, eram 78,2 milhões de pessoas nessa situação, com dívidas totais de R$ 482,9 bilhões.

“O cenário de juros elevados encareceu as renegociações e restringiu o acesso ao crédito, o que desestimulou a tomada de novos empréstimos. O Indicador de Demanda dos Consumidores por Crédito mostra se o consumidor realizou algum pedido de crédito, sem analisar se a solicitação foi efetivada ou não”, afirma.

A maior parte dos que pediram crédito em agosto, em relação a agosto de 2024, foi composta por pessoas que recebem até um salário mínimo (17,7%), seguida por aquelas que recebem entre um e dois salários mínimos (16,9%). Entre os que recebem entre cinco e dez salários mínimos e mais de dez, a demanda aumentou 14,6% e 14,1%, respectivamente.

Na segmentação por renda mensal, o único grupo que teve redução foi o dos que recebem entre dois e cinco salários mínimos, com queda de 3% no número de pedidos.

Já no indicador de variação acumulada anual, que leva em consideração as demandas de crédito de janeiro até agora, Minas Gerais lidera a região, com 9,5%, acima 1,1 ponto percentual do Brasil.

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