Dólar recua 1,67%; Ibovespa fecha a semana em alta
São Paulo – O dólar fechou a sexta-feira (6) em baixa ante o real, em um movimento de correção e com fluxo pontual de venda depois de superar o patamar de R$ 3,95 durante o pregão, com o foco na cena externa e com os investidores cautelosos sobre se o Banco Central (BC) brasileiro voltará a atuar no mercado ou se continuará de fora, como nos últimos dias. A sexta-feira foi marcada por baixo volume de negócios por conta do jogo da seleção do Brasil contra a Bélgica, o que deixou os investidores afastados das mesas de operação e intensificando os movimentos das cotações. O dólar recuou 1,67%, a R$ 3,8687 na venda, depois de ter fechado o pregão de quinta-feira (5) no maior nível desde 1º de março de 2016, a R$ 3,9344. Na semana, acumulou queda de 0,22%. “A moeda (norte-americana) continua se valorizando fortemente contra o real, mostrando que o mercado vem testando a autoridade monetária”, escreveu a Rico Investimentos em relatório. O BC não tem feito intervenções extraordinárias no mercado por meio de leilões de novos swaps cambiais – equivalentes à venda futura de dólares – desde a semana passada. Tem feito apenas as vendas desses contratos para rolagem dos vencimentos futuros. Na sessão, ofertou e vendeu integralmente 14 mil swaps para rolagem dos contratos que vencem em agosto, no total de US$ 14,023 bilhões. Com isso, rolou o equivalente a US$ 3,5 bilhões do total que vence no próximo mês. B3 – Já o Ibovespa encerrou a sexta-feira em alta, em sessão com menor volume de negócios em razão do jogo do Brasil na Copa do Mundo, com dados sobre o mercado de trabalho norte-americano dividindo o foco com o noticiário corporativo doméstico. O principal índice de ações da B3 fechou o pregão com avanço de 0,61%, a 75.010 pontos. Na semana, acumulou alta de 3,09%. O volume financeiro no pregão somou R$ 6,75 bilhões, ante média diária de R$ 7,35 bilhões na primeira semana de julho e de R$ 11,77 bilhões em 2018. O fato de ser véspera de fim de semana prolongado para o mercado pelo feriado em São Paulo ajudou a reduzir o giro. “Ninguém se expõe. A bolsa fecha, mas o mundo não”, disse o gestor Marco Tulli Siqueira, da mesa de Bovespa da Coinvalores.
Ouça a rádio de Minas