Empresa de Minas Gerais estima negociar R$ 3 bi em venda de ativos imobiliários

Com um volume de R$ 2,5 bilhões transacionados no ano anterior, a Primaz Corporate, empresa de Minas Gerais que atua na intermediação de compra e venda de grandes ativos imobiliários, estima encerrar 2024 com montante de R$ 3 bilhões em negócios realizados. Parte desse incremento virá do novo nicho que a empresa está focando, em operações de até R$ 50 milhões para o segmento de imóveis corporativos privados, segmento chamado por eles de Primaz Private.
De acordo com o head de Private Investments da empresa, João Roscoe, esse nicho foge do perfil dos imóveis das imobiliárias convencionais e das grandes corporações. “Buscamos mais esse segmento visando gerar novas oportunidades. A maioria dos produtos é off-market e, com isso, pretendemos conseguir um crescimento muito bom por parte da empresa”, projetou.
Segundo Roscoe, o trabalho da Primaz Corporate é feito por provocação, buscando clientes por meio de prospecção ativa. “O nosso diferencial é a criatividade, transparência e governança. Seguimos um rito muito sério nos negócios, ajudando os clientes a encontrarem soluções para suas necessidades. Começamos a ser demandados e resolvemos estruturar e mostrar quem somos para atingir e prestar um atendimento de forma assertiva ao nosso público”, explicou.
Com sede em Belo Horizonte e escritórios no Rio de Janeiro e São Paulo, a empresa está expandindo os negócios também para Portugal. Segundo Roscoe, essa expansão vem com a chegada de dois sócios sêniores em Lisboa. “Hoje somos uma empresa composta por 20 executivos, que concorre em um segmento de mercado antes dominado apenas por multinacionais. Estamos fazendo grandes operações com os imóveis nesse nicho imobiliário, concorrendo com as grandes”, comemorou.
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O executivo destacou o negócio intermediado pela Primaz Corporate no ano anterior, que foi a venda do edifício Faria Lima 3500, em São Paulo, para o Itaú pelo montante de R$ 1,5 bilhão, considerado como o imóvel corporativo mais caro do País. Ele também apontou que os negócios realizados em Belo horizonte correspondem a cerca de 30% de representatividade na empresa, ficando atrás apenas de São Paulo, que responde por 50% e à frente do Rio de Janeiro, que tem 20% na participação.
Sobre os planos para Minas Gerais, com relação aos ativos, Roscoe avaliou que existem menos prédios corporativos de alto luxo que no Rio de Janeiro e São Paulo, porém “existem imóveis próximos desse padrão, como o edifício Statement, na Savassi. Mas Lourdes e Savassi ainda são os bairros com maiores demandas para empreendimentos em Belo Horizonte. Inclusive, com os imóveis dessas duas regiões atingindo quase níveis zero de vacância”, afirmou.
A empresa também atua no segmento de shoppings, no qual intermediou a venda de parte do Diamond Mall pelo Atlético no ano passado e a venda de 20% do BH Shopping, em 2019, que rendeu R$ 360 milhões aos cofres da Multiplan e ajudou na expansão do empreendimento. “Em 2022 os shoppings já estavam com as vendas iguais ou superiores aos níveis anteriores à pandemia, e ainda continuam gerando receitas. Já o nosso segmento de logística é muito voltado para Betim e Contagem, onde encontramos as maiores demandas, mas também é um local onde encontramos entraves com a aprovação de projetos”, explicou.
Por fim, o head de Private Investments revelou que Belo Horizonte ainda é uma cidade que sofre com muitos prédios com vacância. “Sempre estamos em busca de novos ativos e acompanhando o surgimento de boas oportunidades no mercado de escritórios corporativos também em Minas Gerais. Sabemos que as empresas estão exigindo um pouco mais dos escritórios para oferecer um ambiente melhor para os colaboradores”, concluiu.
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