Empresas de Minas Gerais lideram pagamentos de dívidas

As empresas instaladas em Minas Gerais pagaram ou renegociaram 54% de suas dívidas em até 60 dias após a negativação em agosto deste ano. Conforme dados do Indicador de Recuperação de Crédito da Serasa Experian, esse é o melhor resultado entre os estados da região Sudeste do Brasil e o oitavo entre as demais unidades federativas.
Minas também superou a média nacional, que foi de 46,5% das dívidas pagas ou renegociadas no período. Essa taxa é 3,3 pontos percentuais (p.p.) acima do observado no levantamento anterior (43,2%), registrando assim, o primeiro avanço no índice do País depois de três quedas consecutivas.
Entre os estados brasileiros, o destaque ficou para o Piauí (63,2%); seguido pelo Ceará, que ocupou a segunda posição, com uma taxa de 58,7%.
Os resultados contribuíram para que o Nordeste liderasse o ranking das regiões, com 52,8% dos débitos negativados em agosto sanados. Por outro lado, as empresas do Sudeste apresentaram o pior desempenho, fechando com apenas 42% de seus compromissos quitados.
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O economista da Serasa Experian, Luiz Rabi, está otimista e prevê que a tendência de melhoria apresentada neste ano persista ao longo de 2024. “Dos oito meses deste ano, seis apresentaram uma trajetória positiva, impulsionada pela redução da inflação e, mais recentemente, pela diminuição da taxa de juros, juntamente com a estabilidade nos índices de inadimplência das empresas”, avalia.
O estudo ainda revelou que as contas inadimplentes com valores acima de R$ 10 mil registraram a maior porcentagem de pagamentos, com 53,8% das dívidas quitadas ou renegociadas dentro do prazo de dois meses.
Os demais valores ficaram abaixo dos 50%: débitos de até R% 500 (49,4%); de R$ 500 a R$ 1.000 (43,5%); de R$ 1.000 a R$ 2.000 (41,7%) e de R$ 2.000 a R$ 10.000 (41,5%).
A pesquisa da Serasa Experian também apontou que a maioria (58%) das dívidas pagas tinham 30 dias de atraso. Outros 38,8% das contas estavam há 60 dias em aberto e 29,1% já havia completado três meses. A lista segue com 180 dias (21,2%), um ano (16%) e mais de um ano (19,5%).
Já na divisão por setor dos débitos, o que mais recebeu pagamentos foi o varejista, com uma taxa de recuperação de 55%. Já o segmento com o menor percentual de pagamentos foi o de telefonia, com apenas 10,8% das dívidas pagas ou renegociadas.
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