[ESPECIAL] No corte, fim de ano é animador para setor produtivo
![[ESPECIAL] No corte, fim de ano é animador para setor produtivo](https://diariodocomercio.com.br/wp-content/uploads/2018/12/rebanho-bovino.jpg)
Desde o início, 2018 foi marcado por cenário bastante prejudicado para a criação de animais de forma geral, devido ao alto custo da alimentação, pressionada pelos preços em alta dos grãos e por outros insumos importados, embargos estrangeiros, bloqueio logístico e tabelamento do frete. Somando-se a isso, economia em recessão e redução do poder de compra do brasileiro por causa do grave buraco das contas públicas e da volatilidade, fruto das incertezas políticas provocadas pelas eleições.
Ainda assim, o setor desempenhou papel significativo na balança comercial. No acumulado dos 11 primeiros meses, a manutenção da exportação de animais vivos garantiu mercado de US$ 477 milhões.
Para o período das festividades deste final de ano é esperado o aumento no consumo de carnes, especialmente de suínos e aves. Há também expectativa de manutenção de preços ao consumidor, uma vez que a oferta de animais a serem abatidos deve ser compatível com a demanda no mercado doméstico.
OUTROS PRODUTOS
• Caprinos e ovinos: desde 2014, Minas eliminou o ICMS para saídas de ovinos e caprinos vivos, inclusive interestadual, fomentando o desenvolvimento do setor. A ausência de frigoríficos em Minas desloca o abate para outros estados. Uma das ações do Sistema Faemg em 2018 foi a ampliação do programa Balde Cheio para as espécies caprinos e ovinos.
• Ovos: Minas Gerais possui o 4º maior rebanho de aves de postura, com a participação de 8,6% do efetivo. O preço médio recebido pelo produtor em novembro (R$ 2,38/dúzia) teve queda de 15% quando comparado com o do mesmo mês no ano anterior. As exportações mineiras, nos primeiros dez meses de 2018, somaram US$ 6,2 milhões em valor, variação positiva na ordem de 126,2%.
• Codornas: Minas Gerais se mantém na 3ª colocação no efetivo de codornas, com a participação de 15,6%, e também na 3ª posição na produção de ovos, com a participação de 15,1%. As principais regiões produtoras são o Centro-Oeste e Sul do Estado.
• Apicultura: a produção de mel de abelha e derivados em Minas tem se mostrado uma atividade alternativa de renda para os produtores rurais e está em expansão. Minas aparece em 3º no ranking dos estados, com a representatividade de 10,9%. Nos primeiros dez meses de 2018, as exportações mineiras dos produtos apícolas, que têm os Estados Unidos como principal destino, geraram US$ 8,3 milhões em receitas e 2,2 milhões de toneladas em volume.
•Aquicultura: a piscicultura vem se consolidando como uma importante atividade econômica na agropecuária de Minas Gerais. A mais recente prova disso veio com a divulgação pelo IBGE de que o Estado é o 6° no ranking nacional dos maiores criadores de peixes. Em 2018, a produção de peixes em Minas foi de 31,3 mil toneladas. Manutenção em relação a 2017. De acordo com o IBGE, a produção mineira representa 6% do total no País. As principais regiões produtoras são: Central, Sul e Triângulo Mineiro.
Ouça a rádio de Minas