Economia

Expansão da demanda leva a Log a acelerar aportes de R$ 1,5 bi

Expansão da demanda leva a Log a acelerar aportes de R$ 1,5 bi
O crescimento intenso do setor logístico no País, junto com o comércio eletrônico, alavanca o desempenho da Log Commercial Properties | Crédito: Divulgação

A Log Commercial Properties, empresa que atua na incorporação, construção, comercialização de condomínios logísticos, que tem os donos da MRV como principais acionistas, continua sendo beneficiada pelo forte crescimento do setor logístico no País, especialmente relativo ao comércio eletrônico.

Demandas e projetos estão aquecidos de tal maneira, que os investimentos de R$ 1,5 bilhão previstos pela companhia até 2024 deverão ser concluídos até o fim do ano que vem.

De acordo com o CEO da Log, Sérgio Fischer, para este exercício estavam previstos R$ 500 milhões, valor alcançado apenas nos três primeiros meses do ano. Assim, a empresa já prevê o adendo de outros R$ 250 milhões e deverá encerrar o 2021 com, pelo menos, R$ 750 milhões aportados no aumento da Área Bruta Locável (ABL).

Isso tudo dentro do escopo do plano Todos por um, rebatizado pela companhia para “Todos por 1,4”, que previa a construção de 1 milhão de metros quadrados de galpões entre 2020 e 2024 e cuja meta, agora, é construir 1,4 milhão de ABL no período. “Ainda não é uma nova revisão, mas isso deve acontecer em breve, diante dessa demanda aquecida”, revelou.

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Conforme o ritmo dos aportes, a previsão de Fischer antecipada ao DIÁRIO DO COMÉRCIO em maio do ano passado deverá se confirmar. Na época, o executivo disse que embora ainda fosse cedo para entender como a demanda iria se comportar no restante do ano, a empresa já prospectava terrenos em novas regiões para construção de galpões para além dos 1 milhão de metros quadrados de ABL previstos quando do lançamento do plano de expansão da companhia, lançado em 2019. “Podemos, eventualmente, até expandir nosso plano de expansão. Não sabemos ainda se dobrando ou ampliando em 50%”, revelou à época.

Conforme Fischer, o movimento tem se confirmado. “Já estamos prevendo R$ 750 milhões para este ano e outro grande volume para o ano que vem. Ou seja, possivelmente teremos os R$ 1,5 bi bilhão até o final de 2022. E o mais importante, com projetos espalhados por todas as regiões do País e Minas Gerais com uma participação relevante“, contou.

Reiterando a representatividade do Estado para os negócios da empresa mineira, o CEO lembrou que os condomínios logísticos da Log estão presentes em quatro regiões de Minas: Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), Sul – com destaque para o município de Extrema -, Zona da Mata – evidenciando Juiz de Fora -, e Triângulo.

“Assim como tem acontecido em todo o País, nossa vacância nos galpões do Estado está próxima de zero, com uma demanda crescente de clientes e novas operações. Teremos, nos próximos meses, lançamentos interessantes para Betim (RMBH) e também para Extrema. Nesta última, as obras começam agora no segundo trimestre e será um galpão voltado para uma plataforma exclusiva de e-commerce“, disse sem revelar maiores detalhes.

Segundo o balanço de resultados da Log, a vacância estabilizada reportada no fim do primeiro trimestre chegou a 2,58%, recorde da companhia. E, refletindo o melhor momento comercial, o primeiro trimestre de 2021 foi o período mais forte da história da empresa, com uma absorção bruta de 212,6 mil metros quadrados da de ABL total (48% do total de todo o ano de 2020), superando em quase duas vezes o recorde anterior apresentado no no segundo trimestre de 2020.

Desempenho financeiro dos condomínios logísticos

Em relação ao desempenho no primeiro trimestre,  o CEO da Log, Sérgio Fischer, destacou também que o movimento ascendente do setor logístico levou ao crescimento robusto das operações da empresa e refletiu diretamente nos resultados financeiros. De acordo com o balanço, o lucro líquido chegou a R$122,1 milhões e o Ebitda a R$143,6 milhões, o que representa um crescimento de 598,2% e 440,2%, respectivamente, na comparação com o mesmo período do ano anterior.

“Os resultados positivos têm sido recorrentes ao longo dos últimos anos, o que mostra a resiliência do nosso modelo de negócios. Estamos colhendo os resultados financeiros do plano estratégico. Apenas o lucro líquido cresceu seis vezes em relação ao ano passado. Estamos realmente mudando de patamar. Isso é algo que veio para ficar”, avaliou.
A empresa reportou também que no primeiro trimestre captou R$ 250 milhões em dívida através de uma operação que não requereu garantias. Com mais essa captação, o caixa da companhia encerrou março em R$ 938,3 milhões.

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