Economia

Fed mantém juros, mas sinaliza alta para setembro

Washington – O Federal Reserve, banco central dos Estados Unidos (EUA), manteve a taxa de juros no intervalo entre 1,75% e 2%, ontem, mas caracterizou a economia como forte, preservando-se no caminho para aumentar os custos dos empréstimos em setembro. O Federal Reserve informou que a economia dos EUA tem crescido consideravelmente e que o mercado de trabalho norte-americano continua se fortalecendo, enquanto a inflação permaneceu perto da meta de 2% desde sua última reunião de junho, quando elevou os juros. “Os ganhos com emprego foram fortes, em média, nos últimos meses, e a taxa de desemprego permaneceu baixa. Os gastos das famílias e os investimentos fixos nos negócios cresceram fortemente”, informou o Fed, via declaração unânime, após a conclusão de sua mais recente reunião de política monetária. O banco central dos Estados Unidos atualmente espera mais dois aumentos de juros até o final do ano. Os investidores haviam descartado a possibilidade de mudança na reunião desta semana, com expectativa de aumento das taxas no próximo mês e em dezembro. Cenário econômico – O chair do Fed, Jerome Powell, disse, recentemente, que a economia americana está em um “lugar realmente bom” e prometeu continuar com aumentos graduais nos custos dos empréstimos, a fim de manter a expansão econômica dos EUA. A economia cresceu ao ritmo de 4,1% no segundo trimestre, o melhor desempenho em quase quatro anos, com consumidores impulsionando os gastos e agricultores apressando os embarques de soja para a China para se anteciparem às tarifas retaliatórias. A inflação também está se recuperando após seis anos sem cumprir a meta do Fed. A medida preferencial de inflação do banco central – o índice de preços ao consumidor (PCE, na sigla em inglês) excluindo alimentos e componentes de energia – subiu ao ritmo de 2% no segundo trimestre. Os custos trabalhistas dos EUA, vistos como um dos melhores indicadores de quanta folga é deixada no mercado, também registraram o maior ganho anual desde 2008 no segundo trimestre.

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