Economia

Funcionários da educação municipal entram em greve em Belo Horizonte

Categoria reivindica negociação do reajuste salarial com poder público municipal
Funcionários da educação municipal entram em greve em Belo Horizonte
Funcionários terceirizados rejeitaram propostas de reajuste salarial e do tíquete de refeição da MGS | Crédito: SindRede-BH / Redes Sociais / Reprodução

Os trabalhadores concursados da educação da Rede Municipal de Belo Horizonte entraram em greve nesta quinta-feira (15), por tempo indeterminado.

De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores em Educação da Rede Pública de Belo Horizonte (SindRede-BH), a paralisação ocorre porque o poder público municipal não tem se colocado à disposição para negociar os reajustes salariais com a categoria.

Os trabalhadores defendem que o cálculo que serviu de base para a proposta final de reajuste de 8,04% nos salários, dividida em três parcelas, continua representando perdas aos servidores, uma vez que esse pagamento só será finalizado em 2025.

Segundo o SindRede-BH, a proposta foi calculada para cobrir apenas a projeção da inflação de 2023, pelo INPC (4,03%), e uma parte restante da recomposição da inflação não paga em 2022, sem considerar a projeção da inflação de 2024.

Trabalhadores terceirizados

De acordo com a organização que representa os funcionários da educação da capital mineira, os trabalhadores terceirizados – porteiros, mecanógrafos, artífices, funcionários da cantina, limpeza, dentre outros – também rejeitaram a proposta da Minas Gerais Administração e Serviços S.A. (MGS) de reajuste salarial de 7,5% e aumento de 1,8% no tíquete de refeição.

Apesar disso, eles paralisaram as atividades somente nesta quinta-feira, e vão voltar ao trabalho normalmente nesta sexta (16).

Na segunda-feira (19), haverá uma vigília com representantes da categoria na sede da Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) para que o prefeito Fuad Noman (PSD) possa negociar com os profissionais da educação municipal da Capital.

Os terceirizados ainda preveem uma nova paralisação na próxima terça-feira (20). Neste mesmo dia, está marcada a realização de uma segunda assembleia para tratar do movimento grevista.

PBH diz que reajuste está no limite orçamentário

Em nota, a PBH declarou que respeita o direito à livre manifestação e espera que a categoria se una às demais carreiras municipais, que já aprovaram o reajuste de 8,04%.

“O índice recompõe mais de 100% da inflação estimada entre janeiro de 2017 e 31 de dezembro de 2023 e representa o limite orçamentário para despesas dessa natureza e qualquer outra proposta extrapola as finanças municipais”, destaca.

A prefeitura ainda lembra que, só em 2023, ocorreram 25 reuniões com o sindicato que representa a educação do município, nas quais a categoria recusou todas as propostas apresentadas pelo poder público municipal.

“A Prefeitura reconhece a importância dos profissionais da educação e a necessidade constante de valorização. Contudo, todas as concessões devem ocorrer de maneira responsável, equilibrando as necessidades de diferentes setores para garantir a sustentabilidade financeira”, pontua.

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