Economia

Governo federal investirá R$ 3,5 bilhões em habitação em Minas Gerais

Montate será direcionado para a construção de 25,8 mil moradias no Estado, afirma secretário do Ministério das Cidades, Augusto Rabelo
Governo federal investirá R$ 3,5 bilhões em habitação em Minas Gerais
No Brasil, déficit também recuou, mas menos: a queda foi de 3,8%. | Foto: Fernando Frazão/ Agência Brasil

O governo federal vai investir aproximadamente R$ 3,5 bilhões na área de habitação em Minas Gerais. O montante será destinado para a construção de 25,8 mil novas unidades habitacionais em todo o Estado no âmbito de quatro modalidades do programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV): FAR, Entidades, Rural e FNHIS Sub 50.

Serão 16 mil unidades no “FAR”, modalidade que prevê a provisão subsidiada de moradias em áreas urbanas com recursos do Fundo de Arrendamento Residencial (FAR).

Na modalidade “Entidades”, focada na concessão de financiamento subsidiado a famílias organizadas por meio de entidades privadas sem fins lucrativos para a produção de moradias urbanas, com recursos do Fundo de Desenvolvimento Social (FDS), serão 2,4 mil.

Outras 4,3 mil unidades serão construídas na modalidade “Rural”, que utiliza recursos do Orçamento Geral da União (OGU) e do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) para moradias em áreas rurais, voltadas para atender às necessidades da vida no campo.

Já na modalidade FNHIS Sub 50, cujo foco está em construir moradias em localidades urbanas de cidades com população de até 50 mil habitantes, utilizando recursos do Fundo Nacional de Habitação de Interesse Social (FNHIS), serão 3,1 mil unidades.

As informações são do novo secretário Nacional de Habitação do Ministério das Cidades, Augusto Henrique Alves Rabelo, empossado no último dia 28 de novembro.

De acordo com ele, Minas Gerais ocupa a sexta posição entre as unidades da Federação com os maiores volumes de novos investimentos do governo federal em habitação.

Os projetos selecionados pelo governo federal ao longo deste ano estão em fase de contratação e, em breve, as obras das novas unidades começarão, ressalta Rabelo.

Embora ainda não seja possível prever quando todas as moradias ficarão prontas, a expectativa dele é que a maior parte delas seja entregue para a população até o fim de 2026.

Augusto Rabelo, secretário nacional de Habitação do Ministério das Cidades, posa para foto
Augusto Rabelo, empossado como secretário nacional de Habitação, dia 28 de novembro | Crédito: Divulgação/Ministério das Cidades

Entregas nos últimos dois anos e retomada de obras no Estado

Conforme Rabelo, apenas no MCMV FAR, o governo federal entregou mais de 1,5 mil unidades em Minas Gerais nos últimos dois anos (cerca de 800 em 2023 e 740 em 2024).

No mesmo período e da mesma modalidade, a União retomou obras de mais de 1,6 mil moradias que estavam paralisadas (890 no exercício passado e 760 no atual).

União usou R$ 13,4 bilhões do FGTS para financiar 88 mil moradias em Minas Gerais

Outra importante modalidade do Minha Casa, Minha Vida é a FGTS, que oferece financiamento para pessoas físicas adquirirem moradias, por meio de operações de crédito viabilizadas com recursos do Fundo Garantia do Tempo de Serviço (FGTS).

Segundo o secretário, nos dois últimos anos, o governo federal destinou R$ 13,4 bilhões do FGTS para financiar a compra de 88 mil unidades habitacionais nessa modalidade.

“É um montante expressivo injetado na economia para financiar habitação”, destaca.

Balanço do Minha Casa, Minha Vida e projeções

Ao fazer um balanço do MCMV, relançado no último exercício após ter sido extinto em 2020, o secretário Nacional de Habitação sintetiza da seguinte forma: 2023 foi um ano de reconstrução e reorganização do programa e 2024 de retomadas de obras e entregas.

Projetando os próximos anos, Rabelo acredita em um biênio (2025-2026) repleto de construções em Minas Gerais e no Brasil inteiro. Ele pondera, contudo, que também preveem entregas para o período, com o novo ciclo de unidades autorizadas para construção, e retomada de outras intervenções que ainda seguem paralisadas.

“A nossa expectativa é fazer essas obras avançarem e podermos entregar todo esse volume que eu mencionei anteriormente, sendo a maior parte possível em 2026”, sublinha.

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