Grupo de empresários adquire indústria farmacêutica na RMBH
O Laboratório Osório de Moraes (LOM) foi vendido a um grupo de empresários mineiros. O anúncio foi feito durante essa semana na sede da empresa, em Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH). Os novos proprietários adquiriram mais de 90% das ações da tradicional indústria farmacêutica. O restante do percentual segue com os antigos donos.
A nova diretoria planeja que a companhia cresça 100 anos em cinco anos. Para isso, deve apostar em novos produtos, tecnologias e mercados, além da ampliação e modernização dos itens já existentes. A previsão é aumentar a linha de produção e fazer o lançamento de, ao menos, cinco produtos em 2023. Já a partir do ano que vem está previsto o aumento gradativo do quadro de pessoal, que deve ocorrer na casa dos 70%.
Os valores da transação não foram revelados devido a um acordo de confidencialidade entre as partes. O grupo comprador tem ligação direta com o setor farmacêutico e é liderado por Antônio Carlos Vargas – renomado empresário do segmento e diretor superintendente do laboratório. Embora também não comente sobre aportes, ele ressalta que já existem projetos e serão feitos fortes investimentos em todas as áreas da empresa.
O empresário destaca que a nova gestão contribuirá não só com aplicações, mas também com uma vasta experiência. Ele, por exemplo, trabalha no ramo desde os 11 anos de idade. Além disso, os compradores têm conhecimento do varejo farmacêutico e contato próximo com o mercado de todo o Brasil. Esses fatores, alinhados à tradição e a estrutura já reconhecida do laboratório, serão fundamentais para o crescimento do mesmo.
Inclusive, os grandes atrativos para a realização da compra foi a solidez da marca Osório de Moraes e a qualidade e credibilidade dos produtos comercializados, de acordo com Vargas. A farmacêutica mineira completou 100 anos de história em maio de 2022. Nela, produtos conhecidos do público brasileiro são fabricados e vendidos para todo o território nacional. As Pílulas De-Lussen, Pílulas e Pomada Imescard e o Auris-Sedina são alguns exemplos.
Vargas ressalta que o Laboratório Osório de Moraes foi uma das primeiras indústrias farmacêuticas do Brasil e um dos primeiros anunciantes do País. Ele ressalta que há histórias interessantes com a participação de apresentadores como Silvio Santos, Chacrinha e Bolinha. Segundo ele, a ideia é manter esse legado e abrilhantá-lo, no entanto, com uma renovação administrativa e estrutural.
“A história de vida do laboratório com os produtos, com a qualidade, com a eficácia, é fantástica. O nome pelo Brasil e a estrutura também. Mas como eu falo, como está na terceira e quarta geração da família, a empresa precisa de uma renovação, de fazer as coisas acontecerem, de novos orçamentos, de novos produtos. E é o que vai acontecer”, garantiu.
“Vamos fazer uma gestão realmente moderna e, obviamente, tendo cuidado e zelo de cuidar do maior patrimônio do Laboratório Osório de Moraes, que são os produtos, a qualidade e imaginar que nós passamos por tantos planos econômicos, tantos governantes, tantas turbulências e o laboratório continua muito vivo e muito forte”, complementou.
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