Ibovespa recua e dólar avança, em meio à cena eleitoral
São Paulo – O Ibovespa fechou em queda ontem, em meio a uma onda de boatos relacionados ao cenário eleitoral, conforme a bolsa paulista segue sensível a perspectivas relacionadas à corrida presidencial, enquanto Magazine Luiza encerrou em máxima histórica após resultado forte no segundo trimestre. O Ibovespa caiu 0,87%, a 80.346,52 pontos. O volume financeiro somou R$ 11,89 bilhões. No melhor momento, o Ibovespa subiu 0,85%, encontrando suporte no cenário externo favorável, com Wall Street no azul e commodities em alta. Na parte da tarde, contudo, o humor mudou apesar do quadro ainda benigno lá fora, em movimento puxado pelas ações de bancos e da Petrobras. O papel da Magazine Luiza subiu 5,72%, para R$ 145,90, máxima histórica de fechamento, tendo atingido R$ 148,49 no melhor momento do dia, recorde intradia, após a varejista quase dobrar o lucro líquido do segundo trimestre para R$ 140,7 milhões, registrando, no período, a maior expansão trimestral de vendas em cinco anos. Para o Morgan Stanley, os resultados foram surpreendentemente fortes. Câmbio – O dólar terminou ontem em alta ante o real, pela segunda sessão consecutiva, depois que os rumores cercando a cena eleitoral doméstica inverteram a trajetória da moeda norte-americana e a levaram a fechar na contramão do mercado externo. O dólar avançou 0,98%, a R$ 3,7671 na venda, depois de ter batido a máxima de R$ 3,7724. Na mínima, marcou R$ 3,7035. O dólar futuro tinha elevação de cerca de 0,80%. “O mercado prefere se defender até saber qual o fundo de verdade por trás dos rumores”, justificou um profissional da mesa de derivativos de um banco nacional. Ele se referia a informações não confirmadas que circularam nas mesas durante a tarde, que inverteram a trajetória do dólar bruscamente, levando a moeda norte-americana a renovar sucessivamente as máximas, até ultrapassar 1% de valorização. Os boatos envolviam desde mau desempenho em pesquisas eleitorais até iminente eventual delação citando o nome do tucano Geraldo Alckmin, candidato preferido pelo mercado por seu perfil reformista. O Banco Central brasileiro ofertou e vendeu integralmente 4,8 mil swaps cambiais tradicionais, equivalentes à venda futura de dólares, rolando US$ 1,2 bilhão do total que vence em setembro. Se mantiver essa oferta diária e vendê-la até o final do mês, terá feito a rolagem integral.
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