Economia

Ibovespa sobe e atinge máxima em 6 semanas

São Paulo – O Ibovespa engatou o quarto pregão seguido no azul e encerrou ontem em alta de quase 2%, na máxima em cerca de seis semanas, ajudado por comentários do chairman do banco central dos Estados Unidos, que reforçaram o cenário de alta gradual dos juros norte-americanos. O principal índice de ações da B3 subiu 1,93%, a 78.130,30 pontos, maior patamar de fechamento desde 4 de junho. Na máxima, tocou 78.522,17 pontos. O volume financeiro somou R$ 10,32 bilhões. Em depoimento preparado para um comitê do Senado dos Estados Unidos (EUA), o chairman do Federal Reserve, Jerome Powell, disse que, neste momento, a autoridade monetária acredita que o melhor caminho é manter aumentos graduais nos juros. “O destaque ficou por conta da fala do presidente do Fed”, avaliou o analista Régis Chinchila, da Terra Investimentos. “A análise é de que a economia norte-americana está vivendo um período de crescimento sustentado, apesar do risco crescente do lado comercial com nações aliadas e rivais. A sinalização de que a taxa-alvo de juros será elevada gradualmente ‘por enquanto é vista como sinal de que o ciclo de aperto monetário pode estar perto do fim”, afirmou. Em Wall Street, o S&P 500 fechou em alta, também ajudado pelos comentários de Powell, favorecendo o viés benigno no pregão brasileiro. Após forte correção negativa nos dois meses anteriores, em que perdeu 15,5%, o Ibovespa já acumula em julho ganho de mais de 7,38%, retomando o terreno positivo no ano, com ganho de 2,26%. Dados de capital externo na Bovespa ajudam a explicar o movimento, uma vez que mostram entradas líquidas de R$ 2,35 bilhões neste mês até o dia 13, após fortes saídas em maio e junho. No ano, porém, o saldo continua negativo. Investidores também estão na expectativa da temporada de resultados de companhias brasileiras, com WEG abrindo a safra das empresas listadas no Ibovespa hoje, antes da abertura do pregão. Câmbio – O dólar fechou em queda e abaixo do patamar de R$ 3,85, após os investidores respirarem aliviados com as indicações de que os juros nos Estados Unidos (EUA) não vão subir mais rápido do que o esperado neste ano e, assim, afetar mais o fluxo global de capital. A cena política eleitoral no Brasil também continuou no radar dos investidores, em um momento importante para a consolidação de eventuais chapas. O dólar recuou 0,49%, a R$ 3,8460 na venda. O dólar futuro era negociado com baixa de cerca de 0,40%. “A confirmação de aumento gradual de juros (nos EUA) ajuda”, afirmou o diretor da consultoria de valores mobiliários Wagner Investimentos, José Faria Júnior. “Isso significa menos medo do Fed”, acrescentou, referindo-se ao Federal Reserve, banco central norte-americano.

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