Imóveis residenciais em BH registram maior variação de preço desde 2011; veja os bairros mais caros para morar

O preço médio de venda dos imóveis residenciais em Belo Horizonte fechou 2024 com alta de 12,53%. De acordo com dados do Índice FipeZAP de Venda Residencial, esse é o quinto ano consecutivo com variação positiva, sendo a mais elevada desde 2011 (22,73%). O valor médio praticado na capital mineira ficou em R$ 9.365 por metro quadrado (m²).
Além disso, o município registrou o quinto maior avanço na variação anual entre as capitais monitoradas pelo estudo da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), realizado com base em anúncios veiculados nos portais Zap Imóveis e Viva Real.
BH também registrou alta de 1,24% nos preços dos imóveis na comparação entre os meses de dezembro e novembro do ano passado.
Dentre os dez bairros com maior representatividade no indicador da Capital, estão quatro na região Centro-Sul da cidade. São eles:
- Savassi (R$ 15.954/m²),
- Santo Agostinho (R$ 15.424/m²),
- Lourdes (R$ 14.344/m²)
- e Funcionários (R$ 13.819/m²).
Veja quais foram os 10 bairros com os imóveis mais caros de BH em 2024:
- Savassi – R$ 15.954/m²;
- Santo Agostinho – R$ 15.424/m²;
- Lourdes – R$ 14.344/m²;
- Funcionários – R$ 13.819/m²;
- Santa Lúcia – R$ 10.904/m²;
- Sion – R$ 10.542/m²;
- Gutierrez – R$ 10.380/m²;
- Serra – R$ 9.218/m²;
- Santo Antônio – R$ 9.028/m²;
- Buritis – R$ 8.533/m².

Cenário nacional
O Índice FipeZAP de dezembro aponta para um avanço de 0,66% no valor médio de venda dos imóveis residenciais no Brasil frente ao preço registrado em novembro. Dessa forma, o indicador nacional encerrou o ano com preço médio de R$ 9.366/m².
Quanto à variação acumulada ao longo do último ano, o índice registrou alta de 7,73%. Esse resultado é o mais elevado desde 2013, quando o levantamento fechou com avanço de 13,74%. Assim como em Belo Horizonte, esse é o quinto ano consecutivo de crescimento no índice do País.
De acordo com a economista do DataZAP, Paula Reis, a variação anual está relacionada com o desempenho da economia brasileira, que cresceu acima das expectativas, puxada por um mercado de trabalho forte.
“A condição macroeconômica influenciou positivamente o mercado imobiliário ao contribuir para a expansão da concessão de crédito para os segmentos popular e médio padrão”, avalia.
A cidade com os imóveis mais caros do Brasil foi Balneário Camboriú, em Santa Catarina, com valor médio de R$ 13.911/m². Inclusive, o estado da região Sul do País conta com quatro das cinco cidades com valores mais elevados.
Por outro lado, a cidade de Betim, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), apresentou os imóveis mais baratos entre os municípios analisados, com uma média de R$ 4.280/m². Esse valor é 0,24% acima do observado em novembro do ano passado. O município mineiro fechou 2024 com uma variação positiva de 9,11% no acumulado do ano.
Já os imóveis comercializados em Contagem, também na RMBH, apresentaram preço médio de R$ 5.419/m² no mês de dezembro. O que representa um aumento de 1,16% na comparação com o mês anterior e variação positiva de 11,95% ao longo do último ano.
Quanto às expectativas para 2025, Paula Reis espera um cenário mais desafiador no mercado imobiliário, em especial, para o segmento de médio padrão. Essa estimativa está baseada no crescimento da taxa básica de juros, a Selic, que limita o acesso ao mercado de compra e venda.
“Somado a recursos mais caros para o financiamento, diante do esgotamento da poupança”, completa.
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