MG tem potencial de investimentos em infraestrutura de R$ 28 bi

O potencial de investimentos em projetos de concessões e parcerias público-privadas (PPPs) em Minas Gerais está na casa dos R$ 28 bilhões, segundo levantamento da Associação Brasileira da Infraestrutura e das Indústrias de Base (Abdib). Considerando os estados das regiões Sul e Sudeste, o valor é da ordem de R$ 305 bilhões, num total de cerca de 140 projetos em quase todas as áreas da infraestrutura econômica e social.
O estudo, elaborado pela diretoria de planejamento e economia da entidade, conta com a apresentação dos principais projetos regionais e estaduais de infraestrutura, bem como indicadores socioeconômicos, e foi divulgado ontem durante evento da Abdib, em Belo Horizonte.
O presidente-executivo da associação, Venilton Tadini, frisou que um dos objetivos do encontro foi alavancar o desenvolvimento das regiões por meio da apresentação das potencialidades econômicas e sociais e da identificação dos principais projetos de infraestrutura em desenvolvimento nesses estados.
Para o dirigente, o País precisa retomar seu crescimento de forma sustentada por meio de investimentos em infraestrutura, que têm efeitos multiplicadores, como geração de renda e postos de trabalho, além do impacto na qualidade de vida dos cidadãos.
O conteúdo continua após o "Você pode gostar".
Neste sentido, o Abdib Fórum de Infraestrutura Regional – Edição Sul e Sudeste, reuniu, além do governador Romeu Zema (Novo), secretários e representantes estaduais, autoridades federais, executivos do setor, representantes de agências de fomento e especialistas em infraestrutura para discutir os principais projetos em andamento e apresentar as oportunidades de investimentos nessas regiões.
No Hotel Ouro Minas, na região Nordeste da capital mineira, Zema destacou a situação de Minas Gerais no início de sua gestão, momento em que o orçamento para a maior malha viária do Brasil era de apenas R$ 100 milhões. “Nosso Estado voltou a investir em infraestrutura”, frisou.
Ele também ressaltou que a realidade do Estado está mudando, ao sair de um déficit de R$ 8 bilhões, em 2018, para um superávit de R$ 2 bilhões no ano passado. Zema destacou ações e investimentos nas áreas de infraestrutura e ambiental.
Outro dado apresentado pelo governador foi o avanço na participação de Minas na economia nacional. Em 2018, o Estado tinha 8,8% de participação, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Índice que subiu para 9,3% em 2022.
Acordo de Mariana
O chefe do Executivo estadual falou ainda da atual boa relação com a Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) e da confiança na repactuação do acordo de Mariana , em função do rompimento da barragem de Fundão, da mineradora Samarco, previsto para este ano. “Minas Gerais e Espírito Santo estão alinhados, só que o governo federal fica colocando obstáculo. Tudo é mais difícil para Minas Gerais”, reclamou.
O prazo para conclusão do processo está estabelecido no calendário do Tribunal Regional Federal da 6ª região (TRF-6), responsável por conduzir o caso: 5 de dezembro. Considerado um dos maiores desastres ambientais da história do Brasil, a estrutura da joint venture entre a Vale e a BHP, situada na região Central do Estado, se rompeu no dia 5 de novembro de 2015.
Ouça a rádio de Minas