Economia

IPC-S acelera e registra alta de 1,18% em fevereiro, aponta a FGV

Quatro das oito classes de despesas do índice apresentaram elevação na comparação com janeiro
IPC-S acelera e registra alta de 1,18% em fevereiro, aponta a FGV
A tarifa de energia elétrica residencial, de janeiro para o mês passado, deu um salto de 7,63% para 17, 68%, pressionando o IPC-S para cima | Crédito: Divulgação Cemig

São Paulo – O Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) acelerou e chegou a 1,18% em fevereiro, após registrar alta de 0,02% no encerramento de janeiro e de 1,03% na terceira quadrissemana deste mês, segundo a Fundação Getulio Vargas (FGV). O resultado do mês foi influenciado, sobretudo, pela aceleração do grupo Habitação, como efeito da devolução do bônus de Itaipu na tarifa de energia elétrica.

Nesta leitura, quatro das oito classes de despesas aceleraram em relação a janeiro: Habitação (-2,43% para 3,80%), Transportes (0,83% para 1,41%), Despesas Diversas (0,26% para 1,07%) e Comunicação (0,01% para 0,28%).

Houve, por outro lado, desaceleração em Alimentação (1,22% para 1,02%), Vestuário (0,22% para 0,14%), Educação, Leitura e Recreação (0,18% para -2,54%) e Saúde e Cuidados Pessoais (0,66% para 0,38%).

As principais influências para cima nesta leitura do IPC-S partiram de tarifa de eletricidade residencial (7,63% para 17,68%), gasolina (2,56% para 2,97%), condomínio residencial (2,33% para 4,15%), aluguel residencial (1,10% para 2,61%) e café em pó (12,54% para 12,26%).

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Na outra ponta, puxaram o índice para baixo passagem aérea (-16,53% para -16,86%), batata-inglesa (-14,12% para -11,18%), cinema (-4,89% para -5,03%), cebola (-4,93% para -6,72%) e leite tipo longa vida (-0,87% para -1,34%).

O IPC-S acelerou em cinco das sete capitais pesquisadas no encerramento de fevereiro, informou nesta quinta-feira (6), a Fundação Getulio Vargas (FGV). No período, o índice como um todo acelerou o ritmo de alta, de 1,03% para 1,18% na passagem da terceira para a quarta quadrissemana.

A aceleração mais significativa entre as capitais aconteceu em Porto Alegre (1,01% para 1,43%). Em seguida, aparecem Rio de Janeiro (0,88% para 1,10%), Brasília (1,11% para 1,30%), Salvador (1,43% para 1,56%) e São Paulo (1,06% para 1,12%). Em contrapartida, houve desaceleração em Recife (0,64% para 0,55%) e Belo Horizonte (0,96% para 0,93%).

Fipe

O Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que mede a inflação na cidade de São Paulo, subiu 0,51% em fevereiro, acelerando em relação ao avanço de 0,24% de janeiro e também frente ao ganho de 0,23% observado na terceira quadrissemana do mês passado, segundo dados publicados nesta quinta pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe).

O resultado de fevereiro ficou dentro das estimativas de instituições de mercado consultadas pelo Projeções Broadcast, que variavam de queda de 0,30% a alta de 0,62%, mas acima da mediana, de +0,45%.

No primeiro bimestre, o IPC-Fipe acumulou inflação de 0,75%. Nos 12 meses até fevereiro, a alta do índice foi de 4,52%, também superando a mediana das projeções, de 4,44%.
No segundo mês de 2025, dois dos sete componentes do IPC-Fipe ganharam força: Habitação (de -1,14% em janeiro a 0,39% em fevereiro) e Transportes (de 1,10% a 1,66%).

Por outro lado, houve arrefecimento nas demais categorias de janeiro para fevereiro: Alimentação (de 0,67% a 0,43%), Despesas Pessoais (de 0,35% a 0,20%), Saúde (de 0,81% a 0,20%), Vestuário (de 0,49% a 0,04%) e Educação (de 4,54% a -0,06%).

Reportagem distribuída Estadão Conteúdo

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