Metrô de BH está na mira de 2 consórcios

Dois consórcios de empresas já estão interessados no metrô de Belo Horizonte, que tem leilão marcado para a próxima semana, dia 22 de dezembro, na B3, em São Paulo. Enquanto isso, o Partido dos Trabalhadores (PT) teve seu pedido de suspensão do leilão do metrô negado pela Justiça Federal, mas alguns dirigentes do partido já entraram com recursos contra a decisão.
Sobre o certame que ocorrerá na próxima semana, o secretário de Estado de Infraestrutura (Seinfra), Fernando Marcato, confirmou ao DIÁRIO DO COMÉRCIO o interesse de dois consórcios – um nacional e outro formado por empresas nacionais e estrangeiras.
Ele também ressalta que o atual momento de mudança no governo federal e o cenário desafiador no mercado fazem com que poucas empresas participem do leilão, além do fato desse mercado, naturalmente, possuir poucas empresas concorrendo entre si. “Esperamos que fique entre duas ou três empresas participando do leilão”, diz Marcato.
O investimento previsto para o projeto é de R$ 3,7 bilhões a ser realizado no prazo de 30 anos; sendo R$ 2,8 bilhões de responsabilidade do governo federal, R$ 440 milhões do governo estadual e, aproximadamente, R$ 460 milhões da empresa vencedora da licitação. O lance mínimo para a aquisição da linha do metrô de BH é de R$ 19,3 milhões.
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Quanto aos obstáculos para o acontecimento do leilão, o secretário de Estado de Infraestrutura diz estar confiante, mas reforça que tudo pode acontecer até o dia do evento, incluindo novos pedidos de suspensão do certame. “Por enquanto, estamos confiantes de que não haverá novos pedidos judiciais”, relata Marcato.
A decisão da justiça de rejeitar o pedido de suspensão, feito pelo PT, foi assinada pelo juiz Eduardo Rocha Penteado, da 14ª Vara Federal do TRF da 1ª Região. O magistrado considerou que não havia desvio de finalidade na questão relacionada ao crédito especial de R$ 3,72 bilhões previstos para o projeto, afinal, esse valor já está contemplado no orçamento para o próximo governo. O Partido dos Trabalhadores – por meio de seus dirigentes, incluindo Gleisi Hoffman – já entrou com recursos contra a decisão do juiz.
No caso da Ceasa Minas, cujo leilão está marcao para o mesmo dia, o secretário Fernando Marcato contou que envolve diversas questões documentais e que esse assunto é de responsabilidade do governo federal, por haver terrenos pertencentes à União no local.
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