Custo da construção civil em Minas Gerais teve aumento de 4,03% em novembro
O custo da construção civil teve aumento de 4,03% em Minas Gerais em novembro, segundo o Índice Nacional da Construção Civil (Sinapi), calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) junto à Caixa Econômica Federal (CEF), divulgado nesta quarta-feira (10).
A variação levou o metro quadrado a custar R$ 1.753,11 em novembro. Valor que é quase R$ 50 acima do praticado no mesmo mês do ano passado. Apesar do aumento ao longo do ano, em novembro, o Estado registrou a menor alta dos últimos onze meses com apenas 0,05% de crescimento no custo do setor. Já nos outros meses deste segundo semestre, as altas variaram de 0,18%, em julho, a 0,33%, em setembro.
“O maior aumento do ano havia sido em janeiro, com 1,60%, decorrente do dissídio dos salários”, afirmou o coordenador da pesquisa do IBGE em Minas Gerais, Venâncio da Mata.
O aumento no custo da mão de obra é apontado como um dos principais pontos de custos da construção, ainda mais em um ano em que o mercado vem apresentando taxas de desemprego nos menores patamares da série histórica, iniciada em 2012.
O coordenador apontou ainda que o aumento foi muito parecido com o de 2024, quando em novembro foi registrado um aumento de 4,51%.
A estimativa é que, nos primeiros meses de 2026, haja aumento nos custos da construção devido às negociações salariais com a mão de obra.
SELIC
A taxa Selic, que o Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) manteve em 15% ao ano pela terceira vez seguida em reunião nesta quarta-feira, também é um complicador para o construtor que acaba por postergar investimentos para evitar o alto custo.
Contudo, a expectativa é de que na próxima reunião já haja uma redução, mesmo que ligeira, na taxa básica de juros.
Quarto Estado com menor aumento
Os custos da construção civil em Minas Gerais ficaram abaixo do valor médio observado no Brasil ao longo do último ano. Sendo de 5,09% no período, com a mão de obra registrando aumento de 6,75% e os materiais aumentando em 3,92%.
Minas Gerais foi o quarto Estado com menor alta, abaixo apenas de Tocantins (3,51%), Amazonas (3,60%) e Rio Grande do Norte (3,71%). Já os que registraram maior variação nos custos do início do ano até o décimo primeiro mês foram Acre (7,97%), Ceará (7,41%) e Mato Grosso (7,38%).
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