Minas anuncia R$ 20 milhões em obras para conter esgoto que chega à Lagoa da Pampulha

O governo de Minas e a Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa) anunciaram, nesta quarta-feira (24), um conjunto de obras para evitar que águas com esgoto dos córregos Ressaca e Sarandi cheguem à Lagoa da Pampulha. Ao todo, serão investidos mais de R$ 20 milhões para a construção de quase 12 quilômetros de rede de captação de esgoto em Belo Horizonte e Contagem.
“Com esse investimento, Belo Horizonte alcança cerca de 100% de rede coletora na cidade. No caso de Contagem, chega a um pouco mais de 99%. Destes 12 quilômetros que serão construídos, um pouco mais de um quilômetro será implantado na capital mineira e os outros dez em Contagem”, explicou o vice-governador Alexandre Simões (Novo).
Entre as medidas que fazem parte da estrutura para a despoluição da Lagoa da Pampulha também está a ligação de esgoto de mais de 700 unidades habitacionais em Contagem. Segundo Simões, a previsão é que as obras de canalização fiquem prontas em 18 meses e impactem diretamente a qualidade da água.
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“O déficit de ligações de esgoto das bacias que alimentam a Lagoa da Pampulha era de 11 mil quando o Ministério Público fez essas abordagens. Nós já diminuímos pela metade, mas ainda pedimos que as pessoas façam o esforço de realizar essas ligações nas redes. […] O que vamos fazer agora é um tratamento de afluentes. Estamos tratando a água para que ela possa chegar adequadamente à Lagoa da Pampulha”, disse.
De acordo com a Copasa, a Bacia Hidrográfica da Lagoa da Pampulha possui uma área de 98,4 km², das quais 44% está localizada em Belo Horizonte e 56% em Contagem. Atualmente, a bacia é alimentada por oito córregos, e os dois principais, que representam mais de 70% da vazão, são o Sarandi e o Ressaca – principais alvos da medida.
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