Economia

Minas Gerais tem o segundo maior déficit habitacional do Brasil

O Estado apresentou déficit de 556 mil moradias; ficando abaixo apenas de São Paulo, com 1,2 milhão
Minas Gerais tem o segundo maior déficit habitacional do Brasil
O Estado apresentou, em 2022, um déficit habitacional de 556 mil moradias | Crédito: Adobe Stock

Minas Gerais apresentou o segundo maior déficit habitacional do Brasil, com 556 mil moradias em 2022. De acordo com dados da Fundação João Pinheiro (FJP), com base na pesquisa Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PnadC), o Estado fica atrás apenas de São Paulo, que registrou escassez de 1,2 milhão de domicílios.

Já no cenário nacional, o déficit habitacional totalizou 6.215.313 de domicílios, o que representa 8,3% do total de habitações ocupadas. A atualização dos dados da pesquisa para o ano de 2022 mostra que o déficit habitacional se manifesta de formas diferentes quando considerados cada um de seus componentes, tanto para os recortes regionais quanto territoriais.

De acordo com a FJP, em valores absolutos, o peso e a participação dos estados no déficit habitacional variam conforme o componente. A habitação precária, por exemplo, é significativa nas regiões Norte e Nordeste do País. Com Maranhão e Bahia apresentando os maiores valores absolutos, com 211 mil e 199 mil habitações, respectivamente.

Já em termos de participação no déficit habitacional, o Maranhão (66,2%) e o Amapá (61,8%) são os estados com os maiores percentuais. Enquanto nos estados das regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste, o componente é menos significativo.

No caso da coabitação, esse componente possui maior expressão nos estados de São Paulo (262 mil) e Pará (145 mil). Já a participação relativa ao total de domicílios em déficit por estado é mais significativa na região Norte do Brasil, principal, no Pará (40,5%) e no Amazonas (37%). O menor termo absoluto é observado no Acre, com 5,7 mil habitações, e, em termos relativos, em Rondônia (9,3%).

Quanto ao ônus excessivo com aluguel urbano, quando domicílios com renda de até três salários mínimos despendem mais de 30% do que ganham com aluguel, a maior concentração, em termos absolutos, está em São Paulo, com 927 mil habitações.

Já em termos de participação relativa, o destaque fica para o Distrito Federal, com 83,3% do total de domicílios em déficit habitacional. Por outro lado, os menores valores foram observados no estado do Amapá, tanto em termos absolutos (5,2 mil) quanto de participação do déficit habitacional (11%).

Em relação ao total de domicílios permanentes ocupados, ou seja, o déficit habitacional relativo, a concentração aparece, sobretudo, nos estados do Norte, com destaque para Amapá (18,0%) e Roraima (17,2%). Enquanto os menores valores são encontrados nos estados do Rio Grande do Sul (5,9%) e Espírito Santo (6,3%).

Na análise em termos absolutos, o déficit habitacional está concentrado fora das regiões metropolitanas, nas chamadas “demais áreas dos estados brasileiros”, com 3,9 milhões de habitações nas demais áreas, contra 2,3 milhões nas regiões metropolitanas. Na análise em termos relativos, a situação também é pior nas demais áreas, com 8,5% contra 7,8% nas metropolitanas.

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