Minas Gerais registra superávit de US$ 15,4 bilhões na balança comercial

No acumulado dos sete primeiros meses deste ano, o saldo da balança comercial de Minas Gerais chegou a US$ 15,4 bilhões, o que representa um crescimento de 9,2% em comparação ao mesmo intervalo do exercício passado. No período, as exportações somaram US$ 24,5 bilhões, com aumento de 6,1%, e as importações totalizaram US$ 9,1 bilhões, com pequena elevação de 1,1%.
Os dados são da Secretaria de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Secex/Mdic) e constam em um painel interativo da Fundação João Pinheiro (FJP). A ferramenta visa ajudar gestores na criação de políticas públicas com base em evidências e expandir as chances de análise da composição e dos fluxos do comércio exterior do Estado.
Entre janeiro e julho, conforme informações da instituição de pesquisa e ensino, as exportações de minério de ferro subiram 14,3% e as de café, 34,5%, contribuindo para o resultado final dos embarques. Os produtos destacados representaram, juntos, mais de 50% da pauta mineira.
Na outra ponta, a alta de 14,4% das compras de máquinas e equipamentos mecânicos foi o que contribuiu para o avanço das importações. Segurando o resultado, as aquisições de combustíveis minerais, produtos químicos e automóveis caíram 11,8%, 26,3% e 6,3%, respectivamente.
Saldo de julho chega a US$ 2,1 bilhões
Apenas no sétimo mês de 2024, o saldo da balança comercial de Minas Gerais atingiu US$ 2,1 bilhões, indicando um aumento de 4,8% em relação a julho de 2023. Os dados também mostram que, no período, os embarques totalizaram US$ 3,6 bilhões, com crescimento de 12,8% e as importações chegaram a US$ 1,6 bilhões, o que equivale a uma elevação de 25,2%.
Em julho, as exportações de minério de ferro, café e soja apresentaram respectivas altas de 19,4%, 48,4% e 30,2%, colaborando para o resultado dos embarques – o Estado foi o segundo maior exportador do País, com participação de 11,8%. Por outro lado, as remessas de produtos siderúrgicos recuaram 15,3% e as de açúcares, 3,7%. Esses cinco itens juntos corresponderam a mais de 70% da pauta mineira do mês, com destaque para a participação do mineral, com 35,4%.
Nesse mesmo recorte, segundo a FJP, as importações de máquinas e equipamentos subiram 21,9%, automóveis, 15,1%, máquinas e aparelhos elétricos, 3,3%, produtos químicos orgânicos, 59,5% e adubos, 7,3%. Os cinco produtos alcançaram quase 50% do valor total importado.
China e Estados Unidos foram os principais parceiros comerciais do Estado
De acordo com a Fundação João Pinheiro, os principais destinos das exportações e origem das importações de Minas Gerais foram a China e os Estados Unidos. A participação dos chineses nos embarques do Estado chegou a 44,1% em julho e a dos americanos somou 8,7%. Do lado das compras, o primeiro país correspondeu a 25,1% do total, enquanto o segundo, 10,5%.
Superávit brasileiro soma US$ 7,6 bilhões em julho e US$ 49,6 bilhões no ano
No Brasil, os resultados também foram positivos. O saldo da balança comercial brasileira chegou a US$ 49,6 bilhões nos sete primeiros meses do ano, com US$ 198,2 bilhões em exportações e US$ 148,6 bilhões em importações. Apenas em julho, o superávit foi de US$ 7,6 bilhões, sendo US$ 30,9 bilhões de vendas ao mercado exterior e US$ 23,3 bilhões de compras.
Tanto no mês quanto no ano, os embarques bateram recorde. As remessas foram impulsionadas por itens da agricultura, como soja e café, da indústria extrativa – minério de ferro – e da indústria de transformação, especialmente açúcares, carne bovina e aço. Já as importações subiram em ambas comparações, com destaque para os bens de capital.
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