Economia

Mineiros devem movimentar R$ 6,4 bilhões no Natal, segundo dados da FCDL-MG

Levantamento aponta que nove em cada dez mineiros devem comprar presentes para familiares e amigos no Natal
Mineiros devem movimentar R$ 6,4 bilhões no Natal, segundo dados da FCDL-MG
Comerciantes usaram estratégias para incrementar as vendas. Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil

As compras de Natal devem movimentar R$ 6,4 bilhões apenas em Minas Gerais, é o que aponta um levantamento feito pela Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas do Estado de Minas Gerais (FCDL-MG). Os dados mostram que nove em cada dez mineiros devem fazer compras voltadas para a festividade.

As vendas devem ser 6,7% maiores do que no mesmo período do ano passado. A federação destaca que o apelo emocional da data faz com que muitas pessoas destinem uma parcela do 13º salário para as compras. A estimativa é que o gasto médio com presentes seja de R$ 232.

“Você pega uma estatística dessa que nove de dez mineiros irão às compras, não é um fato que nós podemos negligenciar. Nós temos que trabalhar em cima, não cruzar os braços, lojas físicas e on-line, também na questão do híbrido, devem fortalecer a logística da entrega, porque é um momento que tem para maximizar as vendas”, afirmou o economista da FCDL-MG, Vinícius Carlos Silva.

No ranking dos presentes mais procurados aparecem vestuário (27,9%), perfumes e cosméticos (21,2%) calçados (20%) e brinquedos (9,7%). Enquanto o vestuário teve uma ligeira redução entre os anos, os perfumes e produtos de supermercado, muito estimulados pelas compras da ceia, tiveram aumentos na preferência do mineiro.

“O varejo está aproveitando a inteligência artificial ao máximo para tentar atrair o consumidor”, comentou o economista que observa que os supermercados estão enviando mensagens anunciando descontos em produtos que cliente recorrentes costumam comprar.

Vendas físicas e digitais

Vinícius Silva afirma que os lojistas devem aproveitar a Black Friday e o Natal para traçar estratégias para atrair potenciais clientes e, ao chegar no final do ano, agudizar os pontos fortes das ações de marketing para alavancar as vendas.

Umas das ações sugeridas é o uso das redes sociais e comércio eletrônico, já que 36,7% dos entrevistados afirmaram que vão dividir suas compras entre lojas físicas e virtuais; e 25% disseram que suas compras serão todas pela internet.

“Isso revela a importância de as lojas investirem em diversos canais de venda. Embora o apelo da loja física ainda seja grande, principalmente pela oportunidade de ver de perto os produtos e prová-los, a praticidade da internet ganha cada vez mais espaço. Por isso, cabe aos lojistas transformarem esse cenário em vantagem, com a integração dos seus canais de vendas, oferecendo meios de facilitar a compra e um atendimento personalizado que una o melhor dos dois mundos”, analisa.

Menos uso do cartão de crédito

O levantamento mostra que os mineiros irão usar menos o parcelamento no cartão de crédito do que em 2024. No ano passado, 53,4% dos entrevistados afirmaram que iriam usar este método de pagamento para suas compras, contra 36,3% deste ano que optaram por esse meio.

A escolha por não parcelar compras que podem se estender por 2026 e se deve a uma maior cautela com o cenário econômico do País.

“Temos uma previsão de consumo, mas também uma cautela financeira. Muita gente está pegando o 13º para pagar dívidas e também para fazer poupança com receio do cenário econômico. Com esse aumento da inflação, os consumidores estão mais cautelosos. Ano que vem vai ser um ano eleitoral, estamos tendo muitas mudanças e isso dá uma retraída”, afirmou Silva.

Na contramão, os pagamentos por Pix e em dinheiro registraram um aumento de preferência entre os consumidores. O pagamento eletrônico, que é o segundo mais usado, saltou de 20,5% para 27,5%. Já o efetivo foi de 3,4% para 10%, mas ainda segue sendo o método menos preferido dos consumidores.

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