Economia

Faturamento da mineração cresce pouco no semestre em Minas Gerais, mas Estado lidera ranking nacional

No Estado, o faturamento da indústria mineral não foi tão significativo tanto quanto no Brasil e em outras unidades federativas
Faturamento da mineração cresce pouco no semestre em Minas Gerais, mas Estado lidera ranking nacional
Foto: Reprodução Adobe Stock

O faturamento da mineração em Minas Gerais somou R$ 55,3 bilhões de janeiro a junho, o que indica uma alta de 0,9% na comparação com igual intervalo de 2024. Entre as unidades da Federação, o Estado foi o que mais faturou, com 39,7% de participação na cifra nacional. Os dados foram divulgados nesta terça-feira (5) pelo Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram).

No Brasil inteiro, as mineradoras faturaram R$ 139,2 bilhões nos seis primeiros meses de 2025, um aumento de 7,5% em relação ao mesmo período do ano anterior. Desse total, 52,8% decorreu do minério de ferro e 12,6% do ouro. Apesar da relevância, o montante faturado com a primeira substância diminuiu 8,2% no período, em razão, principalmente, dos baixos patamares de preços da commodity. Por outro lado, a quantia faturada com o ouro subiu 80%, devido a uma forte valorização do produto.

Em Minas Gerais, o faturamento da indústria mineral não foi tão significativo tanto quanto no Brasil e em outras unidades federativas, como o Pará (+8%), justamente por conta do minério de ferro. Em coletiva de apresentação do balanço semestral do setor, o diretor de Sustentabilidade e Assuntos Regulatórios da entidade, Julio Nery, esclareceu a relação.

“O minério de ferro produzido em Minas Gerais tem entre 58% e 60% de teor, um grau de pureza menor que de Carajás, no Pará, por exemplo. Para o preço do minério, a cotação do teor também é importante. Por isso, a diferença no faturamento”, disse.

Arrecadação da Cfem recua em Minas

Ainda conforme o Ibram, a arrecadação da Compensação Financeira pela Exploração Mineral (Cfem) em Minas Gerais no primeiro semestre foi de cerca de R$ 1,7 bilhão, o que equivale a uma queda de 2,8% frente ao mesmo período do ano passado. Apesar da queda, o Estado liderou o ranking nacional, com 45,3% de participação no montante brasileiro. No País inteiro, o valor arrecadado com os royalties totalizou R$ 3,7 bilhões, avanço de 1,4%.

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