MTR Solar investe R$ 150 milhões em MG

A MTR Solar vai investir R$ 150 milhões em Minas Gerais até o ano que vem. A empresa é líder de mercado no segmento de distribuição de equipamentos para usinas de energia solar com potência de 1 a 5 megawatts (MW). A companhia ainda é a única distribuidora de equipamentos para minigeração, com foco em atender todas as especificações do projeto da usina, ou seja, módulos, inversores, estrutura fixa, tracker, skid de média tensão e cabos de energia.
Do montante que será aplicado no Estado, R$ 50 milhões já estão sendo investidos na ampliação da fábrica de estruturas de solo fixa e tracker, localizada em Juiz de Fora. Os outros R$ 100 milhões serão empregados a partir do primeiro semestre do próximo exercício. A ideia é construir uma unidade de fabricação de Skid de média tensão na cidade da Zona da Mata mineira.
Todo o capital de investimento é próprio dos sócios da MTR Solar, Thiago Rios (CEO) e Maurício Barros (COO). A escolha da empresa em continuar investindo em Minas Gerais tem a ver com os benefícios fiscais ofertados pelo Estado e sua posição estratégica privilegiada, de acordo com Thiago Rios.
“Os incentivos fiscais que o setor de energia renovável têm em Minas Gerais é um grande impulsionador de projetos como a nossa fábrica no Estado, além de Minas Gerais estar em uma região estratégica ligando o Sul ao Norte do País”, afirmou.
A companhia, que tem sede em Itapevi (São Paulo), prevê um crescimento de 300% no biênio 2022/2023. Conforme Thiago Rios, “as projeções de faturamento para o biênio 2022/23 são acima de R$ 1 bilhão”. Segundo ele, com a construção da nova fábrica, a expectativa é aumentar a participação da empresa no mercado no segmento de distribuição de equipamentos para usinas de minigeração de 1 a 5 MW.
Ainda de acordo com o CEO, a MTR atualmente é focada na geração distribuída de energia e, com a ampliação das unidades, em 2023, iniciará a sua participação na geração centralizada.
Importância para Juiz de Fora
Os números da MTR Solar são expressivos no mercado de energia solar. Já são mais de 800 MWp instalados, 400 usinas atendidas com mais de 1,5 milhão de módulos instalados e 64 GWh gerados mensalmente.
Para o secretário de desenvolvimento da Secretaria de Desenvolvimento Sustentável e Inclusivo, da Inovação e Competitividade (Sedic), da Prefeitura de Juiz de Fora, Ignacio Delgado, os projetos de expansão da empresa no município são de suma importância.
“Trata-se de uma das líderes na distribuição de componentes para a operação de placas fotovoltaicas e, seja pelo volume do investimento, pelo número de empregos gerados e por estar em um complexo produtivo e comercial ligado a novas energias, é de interesse especial para Juiz de Fora esse projeto de expansão da empresa”, destacou.
Conforme Delgado, o município já está buscando tratativas com a MTR para ver de que forma poderá colaborar com essa expansão. Ele relembra um levantamento realizado pelo Observatório do Clima que indica que o setor de energia responde por 57% das emissões de CO² em Juiz de Fora. De acordo com ele, todos que caminharem para a direção de colaborar com a redução das emissões “serão acolhidos e estimulados pela prefeitura”.
O secretário ainda destaca que a instalação da empresa na cidade está atrelada às condições logísticas de Juiz de Fora. “A cidade dispõe de ser um polo logístico de ótimas condições, com conexões ferroviárias, rodoviárias, aeroviárias e ainda conta com um porto-seco, que permite tanto um acesso a maior porção do mercado interno brasileiro como também realizar operações de importação e exportação em uma área alfandegada”.
DC Responde
Conforme o coordenador estadual da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), Bruno Catta Preta, o primeiro passo para montar uma usina de energia solar é identificar o local onde será realizada a instalação. A segunda etapa é determinar o ponto de conexão e fazer a documentação. Esta etapa é realizada pela empresa integradora, ou seja, a companhia responsável por desenvolver o projeto, levá-lo até a concessionária local e realizar a montagem e instalação da usina.
Segundo Bruno, apesar da maioria das usinas de energia solares do Brasil serem de telhados, as usinas de solo são mais fáceis, rápidas e baratas de serem construídas, além de serem mais eficientes e escaláveis.
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