Multinacional francesa conclui aquisição de usina de incineração em Sarzedo, na RMBH
O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou a aquisição da Usina de Incineração da EcoVital, em Sarzedo, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), pelo Grupo Veolia, multinacional de origem francesa, líder global em gestão integrada de água, resíduos e energia. Com a conclusão da operação, a Veolia assume imediatamente as operações e os 50 empregados da EcoVital são integrados ao seu quadro de funcionários.
Inaugurada em 2014 pela Vital Engenharia Ambiental, do conglomerado Queiroz Galvão, a usina de Sarzedo é uma das maiores e mais avançadas plantas de incineração de resíduos industriais perigosos da América Latina.
A unidade da RMBH é especializada no tratamento térmico de resíduos industriais perigosos (Classe I) e possui capacidade de processamento de 48,2 mil toneladas por ano, com tecnologia de ponta, como um sistema de neutralização seca para efluentes gasosos que assegura alta eficiência e segurança.
O grupo francês aponta que a legislação sobre resíduos perigosos tem avançado e, como resultado, a demanda por serviços de tratamento especializado em setores como agroquímicos, químicos, petroquímicos, mineração, farmacêuticos e cosméticos aumentou.
Assim, essa operação de fusão e aquisição (M&A, na sigla em inglês) é considerada estratégica para a multinacional. A Veolia afirma que a integração da planta de Sarzedo permitirá expandir sua atuação no mercado brasileiro de incineração com a oferta de serviços de tratamento de resíduos perigosos e reforça sua posição como principal fornecedora de soluções ambientais abrangentes para órgãos públicos e indústria nacional.
O grupo declarou que mantém o compromisso de preservar a excelência operacional da usina da EcoVital e de investir em inovações que promovam sustentabilidade e segurança em diversos setores industriais. A Veolia é líder global no tratamento de resíduos perigosos e opera 57 plantas de incineração em todo o mundo, com presença em cinco continentes.
Somente no ano passado, as instalações do grupo multinacional processaram a incineração de 1,76 milhão de toneladas de resíduos industriais e hospitalares perigosos.
O CEO da Veolia no Brasil, Pedro Prádanos, afirma que a iniciativa de M&A reafirma o crescimento do grupo em despoluição, alinhada ao plano estratégico da empresa para o ciclo de 2024 a 2027, o “GreenUp 24-27”. Ainda segundo ele, a usina da RMBH “neutraliza componentes perigosos ao eliminar ou reduzir o volume de resíduos, diminui as emissões de poluentes, atende às rígidas normas ambientais e assegura aos clientes a remoção de passivos ambientais”.
Prádanos ressalta que a aquisição é um marco importante na estratégia de crescimento da empresa tanto no Brasil quanto na América Latina, agregando tecnologia essencial para o tratamento dos resíduos industriais mais sensíveis. “Nos últimos cinco anos, a Veolia dobrou suas operações por meio de crescimento orgânico e aquisições no Brasil, entregando valor econômico, ambiental e social significativo para empresas e comunidades locais”, disse.
Em 2024, a Veolia alcançou uma receita consolidada de 44,7 bilhões de euros. O grupo forneceu água potável para 111 milhões de pessoas e saneamento básico para 98 milhões. Também gerou 42 milhões de megawatts-hora de energia e tratou 65 milhões de toneladas métricas de resíduos.
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