Nutrire firma contratos de R$ 13 milhões em compra de energia incentivada

O som da ração preenchendo o espaço vago dos comedouros leva cães e gatos a uma agitação quase inexplicável. Esse simples gesto de repor o alimento movimenta não só os pets e tutores, mas uma indústria que, só em 2020, faturou, segundo a Associação Brasileira da Indústria de Produtos para Animais de Estimação (Abinpet), R$ 27,2 bilhões, considerando, além dos alimentos, acessórios e medicamentos para cães, gatos, peixes, aves, répteis e pequenos mamíferos.
A Nutrire, produtora de alimentos para cães e gatos, com fábricas instaladas no Rio Grande do Sul e em Minas Gerais, no município de Poços de Caldas, faz parte dessa indústria. Para se ter ideia do volume de alimentos produzidos, somente em Minas Gerais são liberados, a cada hora, 16 mil quilos de ração, conforme dados da empresa.
E para manter o funcionamento dos complexos fabris, a empresa firmou, recentemente, contratos com a Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) e a Companhia Paranense de Energia (Copel) no valor de R$ 13 milhões para a compra de energia limpa advindas do mercado livre.
Segundo o diretor executivo da Nutrire, Gerson Simonaggio, toda a cadeia produtiva da empresa conta com fontes renováveis, provenientes da energia eólica, de pequenas centrais hidrelétricas, da energia solar ou biomassa. “O investimento de R$ 13 milhões atende uma projeção de consumo que fizemos considerando o período entre 2021 e 2026, sendo que 70% desse volume de energia vai para a instalação do Rio Grande do Sul e 30% para Minas Gerais”, explica o diretor.
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Conforme dados da Nutrire, a compra também contribui para que 3.988,004 toneladas de dióxido de carbono não sejam projetadas à atmosfera. A nível de comparação, isso significa que 97 mil mudas de árvores serão preservadas. “Está em nosso portfólio fazer ações de preservação ambiental. Essa não é uma iniciativa isolada da empresa, mas parte de um projeto socioambiental unificado, o Greenlike. Com ele, buscamos alcançar toda a nossa cadeia, de fornecedores a consumidores”, explica Simonaggio.
A Nutrire em Minas Gerais
O projeto da unidade da Nutrire em Poços de Caldas, localizada na região sul de Minas Gerais, foi iniciado em 2014, sendo que a fábrica começou a produzir os alimentos para cães e gatos dois anos depois, em 2016. Da implantação do negócio às constantes manutenções necessárias – e até mesmo a compra de energia -, a indústria já investiu aproximadamente R$ 50 milhões na planta mineira, onde trabalham diretamente 87 pessoas.
A escolha da nova unidade fabril considerou, à época, fatores como logística e mercado consumidor. “Nós tínhamos uma necessidade de ter uma indústria fabril mais próxima do mercado. E, em nossos estudos, percebemos que em um raio de 500 km de Poços de Caldas, existe uma população de 92 milhões de pessoas. A recepção do município, as oportunidades logísticas e a qualificação das pessoas para o emprego foram atrativos”, lembra o diretor executivo Gerson.
Além do abastecimento do mercado brasileiro, onde a empresa já está presente em 17 estados, a Nutrire também atua com a exportação das suas linhas de alimentos para 37 países, em 3 continentes.
Dados da indústria
Ainda de acordo com dados da Abinpet, com base em dados do mercado e do Ministério da Economia, dos R$ 27,2 bilhões movimentados em 2020 em torno da “indústria pet”, 75% do valor representa o segmento de alimentação para animais de estimação em todo o país. Além disso, em comparação a 2019, as vendas de produtos alimentícios tiveram crescimento de 24%.
Em relação à exportação da indústria, a Associação aponta que, somente em 2020, as exportações foram responsáveis pela movimentação de 310.571.429,26 de dólares, sendo que US$ 292.797.691,90 do valor correspondem à saída de alimentos ou 94% de todo o volume do setor.
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