Oferta de gás natural deve crescer 34% até 2032 no Brasil

A Empresa de Pesquisa Energética (EPE) divulgou nesta terça-feira (2), uma projeção que aponta um crescimento na produção de gás natural no Brasil nos próximos dez anos. Segundo o estudo, a oferta do setor tende a apresentar um avanço de 34%, impulsionado principalmente por novos projetos que entrarão em operação no País.
A projeção considera também o comércio internacional, tanto na capacidade de importação por navios quanto o gás proveniente da Bolívia. A expectativa é que o volume de gás injetado na malha de dutos nacional passe dos atuais 134 milhões de m³/dia para 182 milhões de m³/dia em 2032.
Infraestrutura em expansão
Com a entrada de novos campos produtores de grande porte, a oferta de gás brasileiro que entra na rede de gasodutos deve crescer de 49 milhões de m³/dia para 86 milhões de m³/dia até 2032, de acordo com projeções da EPE.
A infraestrutura do setor será ampliada com a construção de novas Unidades de Processamento de Gás Natural (UPGNs) e gasodutos, especialmente na região Nordeste, que concentra o maior número de novos fornecedores e oferece preços mais competitivos. Essas mudanças prometem impulsionar o mercado de gás natural e abrir novas oportunidades para o setor energético brasileiro.
Segundo dados apurados pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), as distribuidoras e consumidores livres da região pagam, em média, R$ 76,2 por milhão de BTU. Esse custo é 15,8% a menos que os valores pagos na região Sudeste, e 17,9% a menos que no Sul/Centro-Oeste.
“O gás natural é uma fonte energética versátil, boa para a economia e para a sociedade. É uma fonte que tem aplicação em diversos setores da economia, como a indústria, comércio e residências”, afirma o especialista do setor de gás natural e CEO da Elétron Energy, André Cavalcanti.
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