Operação investiga sonegação de R$ 340 mi em impostos de empresas de café no Sul de Minas

A operação Coffee Break, realizada na manhã desta terça-feira (27) em Varginha e Botelhos, no Sul de Minas Gerais, investiga uma possível sonegação fiscal na ordem de R$ 340 milhões por parte de um grupo econômico especializado na comercialização de cafés em Varginha.
A ação desenvolvida pelo Comitê Interinstitucional de Recuperação de Ativos (Cira) visa apurar a fraude operacionalizada através de associação criminosa. O grupo alvo da operação criava empresas de fachada que emitiam notas fiscais falsas e assumiam, de modo simulado, a carga tributária sem o devido recolhimento de ICMS ao Estado de Minas Gerais.
Ao todo, foram cumpridos 13 mandados de busca e apreensão em residências de gestores do grupo econômico e de membros da associação criminosa, assim como nas empresas utilizadas no esquema criminoso.
Segundo o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), além do crime de sonegação fiscal, os investigados devem responder pelos crimes de associação criminosa, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro.
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Comandada pelo Cira em modelo de força-tarefa, com participação do MPMG, através do Centro de Apoio Operacional de Defesa da Ordem Econômica e Tributária (Caoet), a operação conta com 37 servidores Receita Estadual de Minas Gerais, 11 policiais civis e 28 militares.

Ainda conforme o MPMG, a associação era especializada em fornecimento de serviços ilícitos para sonegação de ICMS no setor cafeeiro em Minas.
Entre os delitos investigados estão:
- venda de café sem a emissão de documentos fiscais obrigatórios,
- substituição do real vendedor em operações interestaduais,
- triangulação fictícia de notas fiscais,
- emissão de notas fiscais falsas para controle de estoque.
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