Economia

Pagamento de dívidas das empresas mineiras cresce 3% e chega a R$ 11 bilhões

Ao todo, foram firmados 12.069 acordos de renegociação no primeiro semestre deste ano
Pagamento de dívidas das empresas mineiras cresce 3% e chega a R$ 11 bilhões
Segundo o Banco Itaú, base de clientes em Minas Gerais aumentou para 181.727 CNPJs | Foto: Alessandro Carvalho/Arquivo/Diário do Comércio

Muitas empresas mineiras decidiram regularizar ou renegociar as contas atrasadas. Segundo os dados apurados pela Recovery, plataforma de recuperação de crédito do banco Itaú, as quitações de dívidas em Minas Gerais cresceram 3% de janeiro a junho deste ano, quando comparado ao mesmo período do ano anterior.

O relatório aponta que durante este período foram firmados 12.069 acordos, enquanto no primeiro semestre de 2023 eram 11.668 renegociações. Já as dívidas de empresas sob a gestão da Recovery durante o primeiro semestre totalizam R$ 11 bilhões no Estado, superando o volume de R$ 10 bilhões apurados do mesmo período em 2023.

Neste período, a base de clientes em Minas Gerais para o banco Itaú passou de 175.891 para 181.727 CNPJs, um aumento de aumentou 3,32%.

“Reforçamos aqui que atuamos no mercado de cessão de crédito, portanto, esse volume de clientes e dívidas que temos sob nossa gestão refletem contratos que já foram cedidos a mercado pelos credores originais da dívida”, esclarece a head de Cobrança e Atendimento B2B e B2C, Claudia Andrade.

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Head de Cobrança e Atendimento B2B e B2C, Claudia Andrade | Foto: Divulgação Recovery/Banco Itaú

Fevereiro teve menos dívidas renegociadas

O levantamento ainda aponta que de todo os seis primeiros meses analisados, fevereiro foi o que registrou o menor volume de renegociação, cujos valores totalizaram R$ 2,9 milhões.

Diferentemente do que ocorreu em fevereiro, o mês de maio foi o que apresentou o maior volume de contas pagas por parte das empresas mineiras, somando R$ 4,3 milhões. Em contrapartida, em 2023, janeiro teve o melhor desempenho, com acordos totalizando R$ 6,4 milhões, enquanto fevereiro fechou em queda: R$ 2,8 milhões.

A especialista comenta sobre os dados positivos. “Os dados reforçam um maior interesse das pessoas jurídicas em renegociar pendências financeiras das suas empresas, sejam elas atuais ou de negócios já fechados. A pandemia fez com que muitas pequenas empresas no Brasil enfrentassem problemas financeiros e acabassem no endividamento”, explica.

Segundo Claudia Andrade, esse movimento no número de renegociações em crescimento representa um cenário positivo para a saúde do mercado. “As dívidas contraídas em um CNPJ também impactam a vida financeira dos sócios, de prestadores de serviços, empresas parceiras e podem causar diversas restrições como negativação do CPF, dificuldade para conseguir crédito e etc. Renegociar é o melhor caminho para recomeçar a vida financeira sem pendências”, conclui.

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