Economia

Parque Industrial de Betim deve somar R$ 3 bilhões em investimentos

Empreendimento da Log Commercial Properties na RMBH já tem 30% de sua área ocupada
Parque Industrial de Betim deve somar R$ 3 bilhões em investimentos
Parque industrial na Grande BH conta com seis milhões de metros quadrados, dos quais 2,7 milhões de metros quadrados são disponiblizados para os clientes | Crédito: Divulgação Log

Entre infraestrutura, venda das quadras e a implementação de projetos, os investimentos no Parque Industrial de Betim (PIB), na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), devem alcançar R$ 3 bilhões. Essa é a projeção da Log Commercial Properties, proprietária do ativo.

“É uma estimativa que fizemos dentro do que esperamos de demanda do mercado”, disse o CEO da desenvolvedora e gestora de galpões logísticos, Sérgio Fisher, em conversa com jornalistas na terça-feira (27). “O valor ainda pode mudar para mais ou para menos”, ressaltou o executivo.

Em funcionamento desde 2018 e lançado oficialmente em 2022, após atingir uma maturidade com a instalação de três empresas-âncoras, o PIB tem, atualmente, cinco operações, entre fábricas e centros logísticos. São elas: Mercado Livre, Vilma Alimentos, Belgo Arames, Grupo Buzatto’s e Mauari. Outras três empresas estão construindo no local: Landini, TransAbril e JC Transportes.

As companhias Ferro Ligas Brasil, Metaltrade, WTP Ultrasonic/MS Ultrasonic Technology Group, Designtex, Gira Bebedouros e Fiber Minas Telhas também vão ocupar, em breve, espaços no complexo industrial. No caso delas, os projetos estão em processo de aprovação.

À imprensa, o gestor executivo comercial da Log, Giovanni Drumond, revelou que a empresa mineira está em negociação com mais duas marcas que pretendem implantar unidades no Parque Industrial de Betim. Ele não revelou nomes, mas pontuou que tratam-se de uma das indústrias líderes do Brasil no segmento de plástico e de um grupo sueco que presta serviços para a Vale.

Log projeta PIB com 100% de ocupação em 2032

O PIB tem, ao todo, uma área de mais de seis milhões de metros quadrados (m²), dos quais 2,7 milhões destinados para clientes de diversos portes e setores. Hoje, o empreendimento está 30% ocupado. A expectativa da Log é que, em dez anos, contados a partir do lançamento oficial, ou seja, até 2032, o parque industrial esteja com a ocupação completa, de acordo com o CEO.

Um dos fatores que sustentam o otimismo são as construções do Rodoanel Metropolitano de Belo Horizonte e do aeroporto de Betim, batizado de Aeródromo Inhotim. Se saírem do papel, os dois projetos têm potencial para mudar o escoamento de cargas na região metropolitana, beneficiando o complexo, já que estaria situado próximo a duas alças do novo anel viário e da área de aviação.

Os dois equipamentos de infraestrutura se somariam aos atuais diferenciais do empreendimento. Entre eles, estão o fácil acesso às BRs-262 e 381, que ligam Belo Horizonte a São Paulo, Vitória e Rio de Janeiro, e o fato da área estar 100% licenciada e regularizada, reduzindo em aproximadamente 30 meses o tempo de implementação das companhias, conforme a Log.

Empresa pretende construir três condomínios logísticos no complexo

A Log também estuda desenvolver novos condomínios logísticos dentro do Parque Industrial de Betim, nos mesmos moldes dos empreendimentos que a empresa possui em outros locais de Minas Gerais e regiões do País. A companhia tem três projetos aprovados, que somariam cerca de R$ 300 milhões em investimentos, e está monitorando para construí-los na hora certa.

“Não queremos concorrer com as empresas-âncoras. Vamos primeiro tratar delas e, assim, vai virar um parque consolidado. Estamos ancorando para depois fazermos o nosso condomínio varejo modular, para trazer os pequenos sistemistas para apoiar essa turma”, afirmou Fisher.

“Temos isso no nosso pipeline e temos projetos aprovados. Se entendermos que está na hora de virar e fazer, construímos e, em 12 meses, teremos galpões ‘em pé’ (no PIB)”, enfatizou.

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