PBH garante patrocínio para vacina feita pela UFMG contra a Covid-19

A Prefeitura de Belo Horizonte assinou, hoje, o Termo de Patrocínio para viabilizar os estudos da vacina contra a Covid-19 desenvolvida pela Universidade Federal de Minas Gerais.
Ao todo, serão liberados pela PBH R$ 30 milhões para que a UFMG consiga avançar da fase pré-clínica para as etapas 1 e 2 dos testes clínicos da vacina Spintec, desenvolvida no CTVacinas contra a Covid-19.
A primeira parcela está estimada em R$ 6 milhões e deverá ser liberada ainda este mês. As demais serão transferidas conforme as etapas acordadas sejam cumpridas.
A reitora da UFMG, Sandra Goulart, agradeceu o apoio da PBH, que foi considerado imprescindível para o avanço dos estudos.
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“É grande a satisfação e agradeço a parceira da PBH não apenas nesta iniciativa. Essa é uma vacina que foi iniciada em março de 2020 e que deu os resultados mais positivos. Chegamos em uma fase muito importante que são os testes clínicos e o prefeito Alexandre Kalil nós atendeu em um momento de muita agonia. Estávamos preparando para iniciar os testes, mas não tínhamos recursos. O patrocínio da PBH veio em um momento imprescindível”.
O prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil, destacou que o recurso disponibilizado pela prefeitura é pequeno frente aos desafios que a UFMG vem enfrentando, principalmente, no que se refere ao corte de orçamento.
“Os R$ 30 milhões são uma pequena parte do que será investido nessa vacina tão promissora. A UFMG foi escolhida como a melhor universidade federal do Brasil, a mais bem gerida e como prêmio recebeu, nesta semana, a notícia de um corte de 26,7% do orçamento. No momento, não temos partidos e nem lados, temos deputados e senadores que representam Minas Gerais. Precisamos sentar e buscar uma solução para a sobrevivência da UFMG”, disse Kalil.
De acordo com as informações da UFMG, a Spintec é uma das três vacinas em estágio mais avançado no Brasil. O suporte financeiro oferecido pela Prefeitura da capital mineira vai assegurar a continuidade das pesquisas.
O objetivo central do projeto, que será financiado com recursos da Prefeitura de Belo Horizonte, é viabilizar os estudos de fase clínica 1 e 2 em adultos saudáveis, sem exposição prévia à Covid-19. Essas etapas são requisitos necessários para os ensaios da fase 3 e aprovação pela Anvisa.
Os recursos da Prefeitura serão usados no pagamento de despesas de custeio relacionadas à manutenção e experimentos com os animais, na compra de reagentes (para avaliação da resposta imune, produção e formulação das vacinas), na produção de lotes de teste para análise da Anvisa, na supervisão dos ensaios, no preparo da documentação de pedido de registro, na execução dos testes pré-clínicos e nas duas etapas dos ensaios clínicos.
Apesar dos estudos serem desenvolvidos em uma instituição federal, a União ainda não liberou os recursos necessários ao imunizante da UFMG.
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