Planta de lítio da AMG em Minas Gerais tem estudos avançados

Os estudos de viabilidade para a implantação da nova planta química para o beneficiamento de carbonato de lítio da AMG em Minas Gerais estão em fase avançada. Sob investimentos de até R$ 1,4 bilhão, o empreendimento tem potencial para criar mais de mil empregos temporários durante a etapa de obras, além de quase 150 postos de trabalho quando entrar em operação.
Conforme dito anteriormente pelo CEO da AMG Brasil, Fabiano José de Oliveira Costa, ao DIÁRIO DO COMÉRCIO, as intervenções do novo empreendimento deverão levar cerca de 18 meses e ser entregues no fim de 2025 para início das operações no ano seguinte.
Além de impactos socioeconômicos para a região da instalação, o projeto irá agregar significativo valor na cadeia de produção da empresa. Na ocasião, o executivo exemplificou, a título de comparação, que enquanto o preço do concentrado varia de US$ 3 mil a US$ 4 mil a tonelada, o produto químico chega a ser comercializado a US$ 70 mil/t.
Na sexta-feira (17), o CEO da AMG Brasil, o CEO da AMG Critical Materials N.V, Heinz Schimmelbusch, e outros representantes do grupo holandês se reuniram com o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), na sede administrativa da companhia, nos Estados Unidos.
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O chefe do Executivo estadual, que está em missão internacional no país norte-americano, destacou o investimento. Ele ressaltou que o projeto vai significar a geração de mais centenas de empregos e agregar valor ao produto que sai do Estado. “Isso é que nós queremos para Minas Gerais e para os mineiros. Mais emprego, mais renda, e uma vida melhor para a população.”
Costa, por sua vez, realçou a cooperação do governo. “A colaboração do governo de Minas, que segue trabalhando para atrair investimentos para o Estado, é fundamental para o sucesso das iniciativas da AMG, bem como para que a companhia possa investir cada vez mais na atividade minerária sustentável e contribuir para o desenvolvimento socioeconômico dos mineiros.”
Atuação da empresa em Minas Gerais e recentes investimentos
Atualmente, a AMG opera duas unidades industriais em Minas Gerais: uma na cidade de São João del-Rei e outra no município de Nazareno, ambas na região de Central. A empresa é especializada em três segmentos: minerais estratégicos, materiais especiais e energia.
Entre os produtos fabricados pelo grupo estão ligas de alumínio de alto desempenho, concentrado de tântalo, óxidos de nióbio e espodumênio, matéria-prima essencial para a produção de lítio “grau bateria” – todos fundamentais para a transição energética e redução da pegada de carbono.
A estreita cooperação entre a empresa e o governo estadual, nos últimos anos, resultou em investimentos privados de mais de US$ 150 milhões (cerca de R$ 750 milhões) no Estado.
A recente expansão da planta de beneficiamento de concentrado de lítio, em Nazareno, com aportes de cerca de R$ 200 milhões, possibilitou ao grupo um salto produtivo de 40 mil toneladas, indo para uma capacidade instalada de 130 mil/t por ano. A unidade revitalizada iniciou as operações em março, com previsão de atingir a capacidade total no quarto trimestre.
Segundo a AMG, há também outros investimentos em curso no local, incluindo a execução de projeto voltado para a expansão da produção de tântalo, um coproduto de espodumênio do qual se extrai o lítio, no valor total de US$ 15,3 milhões (aproximadamente R$ 79,5 milhões). Esta ampliação, conforme a empresa, aumentará o volume produtivo atual em 17%.
De acordo com informações divulgadas pelo governo estadual, desde o ano de 2022, foram investidos R$ 270 milhões pela AMG Brasil em projetos em Minas Gerais.
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