Polo de lingerie no Vale do Rio Doce projeta dobrar a produção a partir da ampliação

Com uma produção mensal de 1 milhão de peças, o polo de lingerie de São João do Manteninha, no Vale do Rio Doce, está prestes a ser ampliado para os municípios de Mantena e Itabirinha. Atualmente, o local concentra 40 grandes fábricas e a expansão deve aumentar em até 30% o número de empresas, com potencial de duplicar a produção.
A iniciativa parte do PL 3.629/25, do deputado Enes Cândido (Republicanos), que foi aprovado e aguarda sanção para entrar em vigor. A medida visa fortalecer a indústria local, fomentando empregos, atraindo a inovação e capacitação no setor têxtil.
De acordo com o deputado, o projeto de lei vai transformar polo têxtil em um projeto sustentável, ampliando oportunidades para o segmento. “Será uma ampliação considerável, com potencial de impulsionar a economia desses municípios”, avalia.
Os produtos confeccionados no polo de lingerie, como sutiãs, calcinhas e bodies, fazem parte da base do vestuário íntimo e atendem a demanda de várias regiões do País, em especial, Minas Gerais e Espírito Santo. Com a ampliação, a expectativa também se concentra na exportação de peças, para países como Portugal e Estados Unidos.
“O polo está profissionalmente preparado para aumentar a capacidade, fazer entregas e exportar para outros países”, destaca Cândido.
Tecnologia chinesa pode contribuir para otimizar produção da indústria local
Em funcionamento desde a década de 1980, o polo de lingerie no Vale do Rio Doce segue se profissionalizando há pelo menos 25 anos para ampliar as oportunidades dada à expressividade dos negócios para a economia local. Atualmente, a atividade corresponde a 75% do Produto Interno Bruto (PIB) de Manteninha e emprega em média 600 pessoas de forma direta e 400 indiretos.
Com a ampliação do polo de lingerie, os esforços devem se concentrar em atrair investidores de tecnologia inspiradas em soluções modernas da China, com o objetivo de aumentar a capacidade produtiva a partir de técnicas já aplicadas no país asiático. Atualmente, o deputado afirma que as fábricas não conseguem atender à demanda, e o volume de pedidos supera a capacidade instalada, reforçando a necessidade de modernização e expansão do setor.
Para o futuro, a expectativa é a melhor possível. Segundo o deputado, a ampliação representa uma iniciativa estratégica dentro das indústrias criativas, reunindo design, produção e um mercado regional pujante. “Concorrer com a produção internacional é um desafio, mas incentivar o polo produtivo agrega valor à cadeia local e torna o setor fundamental para que a lingerie brasileira possa extrapolar fronteiras, ganhando reconhecimento no mercado global”, finaliza.
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