Economia

PPSA arrecada estimados R$28 bi com leilão de petróleo da União

Leilão de petróleo da União realizado pela estatal PPSA gerou uma arrecadação potencial de R$28 bilhões.
PPSA arrecada estimados R$28 bi com leilão de petróleo da União
Em 2024, foram embarcadas 56 cargas de petróleo, totalizando 27,39 milhões de barris, e comercializados 53,8 milhões de metros cúbicos de gás natural | Crédito: Pilar Olivares / Reuters

O leilão de petróleo da União realizado nesta quinta-feira pela estatal Pré-Sal Petróleo (PPSA) gerou uma arrecadação potencial de R$28 bilhões, com a comercialização de sete lotes nos campos de Mero, Búzios, Itapu e Sépia, superando em R$3 bilhões as expectativas iniciais do governo.

O certame, considerado o mais competitivo já realizado, vendeu 74,5 milhões de barris de petróleo do pré-sal da Bacia de Santos, com previsão de carregamento entre julho de 2025 e fevereiro de 2027.

O petróleo vendido pela PPSA é oriundo dos contratos de partilha de produção em campos do pré-sal, concedidos a consórcios e empresas que se comprometem, no ato da assinatura, a entregar à União determinados volumes de petróleo em troca do direito pela exploração. Os recursos do leilão vão para o caixa da União quando o petróleo é retirado.

“Foi o leilão com maior número de participantes e vencedores, melhores preços e batemos o recorde do ágio em relação aos lotes. Sem dúvida foi um grande sucesso”, disse o diretor presidente da PPSA, Luis Fernando Paroli, após o final do certame.

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O executivo adiantou ainda que a PPSA pretende ofertar mais de 100 milhões de barris de petróleo em leilão no próximo ano, com uma arrecadação estimada de R$37 bilhões.

A expectativa da PPSA é que os volumes a serem leiloados cresçam ano a ano, chegando a 2030 com o equivalente a uma carga por dia de cerca de 500 mil barris de petróleo, diante da ascensão da produção do pré-sal.

“A PPSA, nesse momento, lá em 2030, se transformaria na segunda maior vendedora de petróleo do Brasil, só ficando atrás da Petrobras”, disse Paroli.

LEILÃO

A Petrobras, que disputou todos os lotes nesta quinta-feira e levou o maior volume do certame, venceu 31,5 milhões de barris do campo de Mero e outros 5 milhões de barris do campo de Sépia.

Já a norueguesa Equinor e um consórcio entre a portuguesa Galp e a norte-americana ExxonMobil levaram cada um 14 milhões de barris de Mero, enquanto um consórcio entre PetroChina e refinaria baiana de Mataripe levou 10 milhões de barris, sendo 3,5 milhões de Búzios e 6,5 milhões de Itapu.

“Foi uma vitória, um sucesso, esse leilão com um volume tão significativo”, afirmou a gerente executiva de comercialização no mercado externo da Petrobras, Ticiana Araújo, responsável por fazer os lances em nome da estatal.

No leilão, o quinto a ser realizado pela PPSA, as cargas foram vendidas com um desconto ante o Brent datado, uma referência futura internacional publicada diariamente na Platts.

As cargas foram vendidas por Brent datado entre menos 0,65 dólar por barril – um recorde para um leilão da PPSA, registrado no lance vencedor da PetroChina/Mataripe pelo lote de Itapu – e menos 1,54 dólar por barril.

Conteúdo distribuído por Reuters

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