Economia

BH acumula alta de 12,29% no ano e segue entre as cidades com preços de imóveis mais caros

O levantamento feito pela Fipe, em parceria com o Grupo OLX, também aponta que Betim e Contagem estão entre as cidades com os imóveis mais baratos do Brasil
Atualizado em 2 de dezembro de 2025 • 16:42
BH acumula alta de 12,29% no ano e segue entre as cidades com preços de imóveis mais caros
Foto: Drone Amir Martins / PBH

O valor médio de venda dos imóveis residenciais em Belo Horizonte registrou alta de 0,84% em novembro na comparação com o mês anterior, fechando a R$ 10,6 mil por metro quadrado (m²). Dessa forma, o Índice FipeZap de Venda Residencial de BH já acumula uma variação positiva de 12,29% no ano e de 13,68% nos últimos 12 meses.

O levantamento realizado pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), com base em anúncios veiculados em plataformas do Grupo OLX, mostra que o preço médio praticado na capital mineira está acima da média das 56 cidades brasileiras analisadas (R$ 9.585/m²). Além disso, a capital mineira segue entre as dez cidades com os imóveis mais caros do estudo.

A economista do Grupo OLX Paula Reis destaca que a taxa acumulada em 12 meses de novembro foi ligeiramente inferior à registrada em outubro (13,7%). Ela relata que, de setembro a novembro, houve um movimento de estagnação, com aumentos muito pequenos da taxa. Já em maio deste ano, a taxa era de 14,29% e, em novembro, chegou a 13,68% na variação anual.

“Esse padrão deve persistir até o fim do ano, tendo em vista o cenário macroeconômico, de escassez de recursos da poupança e alta taxa de juros. Se o ciclo de cortes da Selic se iniciar em janeiro, como previsto pelo Focus, essa desaceleração pode perder força no terceiro trimestre de 2026”, explica.

O mercado imobiliário de Belo Horizonte permanece com variações acima da média nacional e do registrado pelos principais indicadores de inflação no País. O Índice FipeZap fechou o último mês com aumento de 0,58% frente ao mês de outubro, além de alta de 6,22% no acumulado de 2025 e variação positiva de 6,92% no acumulado dos últimos 12 meses.

No caso do Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), da Fundação Getulio Vargas (FGV), foi observado um aumento de 0,27% na comparação mensal, uma variação negativa de 1,03% no acumulado do ano e retração de 0,11% na variação anual.

Já o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), fechou o último mês em alta de 0,2% frente a outubro deste ano. O indicador já acumula crescimento de 3,94% no ano e variação positiva de 4,48% em 12 meses.

Os bairros mais caros de Belo Horizonte

Imóveis no bairro Savassi, em Belo Horizonte.
Foto: Reprodução Adobe Stock

Assim como em edições anteriores do levantamento, a Savassi, na região Centro-Sul de Belo Horizonte, segue sendo o bairro com os imóveis residenciais mais caros da Capital, com preço médio de R$ 18.018/m². Além deste, outros três bairros desta mesma região também se destacaram na pesquisa de novembro: Santo Agostinho (R$ 16.310/m²), Lourdes (R$ 15.649/m²) e Funcionários (R$ 15.422/m²).

Os dez bairros com os imóveis residenciais mais caros de Belo Horizonte:

  • Savassi – R$ 18.018/m²;
  • Santo Agostinho – R$ 16.310/m²;
  • Lourdes – R$ 15.649/m²;
  • Funcionários – R$ 15.422/m²;
  • Gutierrez – R$ 12.515/m²;
  • Santa Lúcia – R$ 12.285/m²;
  • Sion – R$ 12.255/m²;
  • Serra – R$ 11.372/m²;
  • Santo Antônio – R$ 11.171/m²;
  • Buritis – R$ 9.264/m².

Entre os dez bairros mais caros da capital mineira, nove apresentaram valores acima da média da cidade. Além disso, todos registraram variações positivas no acumulado em 12 meses, com destaque para Santo Antônio (27,2%), Serra (24,2%) e Gutierrez (21,9%).

De acordo com o levantamento, Belo Horizonte foi a sexta capital brasileira com os imóveis mais caros no mês passado. Paula Reis explica que o mercado imobiliário de compra e venda de apartamentos prontos na Capital está mais aquecido que a média do estudo e que todas as capitais do Sudeste do Brasil, com exceção de Vitória (ES).

“Tanto as áreas mais caras da cidade, como o bairro de Savassi, e as áreas adjacentes, como Serra e Santo Antônio, no caso de Savassi, seguem se valorizando e puxando a variação de Belo Horizonte”, avalia.

Mercado imobiliário em Betim e em Contagem

O estudo realizado pela Fipe, em parceria com o Grupo OLX, também avaliou o desempenho do mercado imobiliário em Contagem e Betim, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH). Assim como a Capital, a cidade de Contagem também apresentou variações acima da média nacional e dos principais indicadores de inflação. Já Betim, segue entre os municípios com os imóveis mais baratos.

O preço médio praticado em Contagem subiu 1,08% na comparação com o mês anterior, fechando a R$ 5.836/m². Esse resultado representa uma desaceleração frente ao registrado em outubro (1,54%). O município já acumula alta de 7,33% em 2025 e crescimento de 8,57% nos últimos 12 meses, mas segue entre as 15 cidades com os preços mais baixos do estudo.

Já Betim, teve um leve avanço de 0,12% na comparação mensal, o que também representa uma desaceleração se comparado com o apresentado no mês anterior (0,63%). O valor médio na cidade fechou em R$ 4.673/m², o segundo mais baixo do índice, ficando a frente apenas de Pelotas (RS), com R$ 4.386/m². A cidade da Grande BH também registrou alta no acumulado do ano (9,52%) e nos últimos 12 meses (9,78%).

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