PBH adere ao projeto InvestBH e ao Codese

A Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) aderiu ao projeto da InvestBH, que visa à atração de investimentos para a capital mineira. Além disso, o Executivo também passou a fazer parte do Conselho de Desenvolvimento Econômico Sustentável e Estratégico de Belo Horizonte (Codese-BH).
Enquanto o “Fique em casa” foram as palavras de ordem há pouco mais de dois anos, agora é a vez da “Organização Econômica”. Fato é que quanto maior o desenvolvimento econômico de uma cidade, maior será a sua eficiência mundialmente. Belo Horizonte tem alcançado muito bem este quesito, mas é necessário garantir ao futuro a segurança econômica e de uma forma sustentável. Este assunto foi tratado nesta semana entre a Prefeitura e a Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL/BH), além de outras entidades interessadas, conforme explica o secretário municipal de Desenvolvimento Econômico, Adriano Faria.
Na ocasião, a PBH assumiu a adesão como apoiadora de programas que promovem incentivo aos setores produtivos. Dessa forma, o poder público municipal passa a apoiar a InvestBH e o Codese-BH. Estes dois programas contemplam ainda iniciativas que visam à captação de investimentos para a Capital, elaborados por planejamentos voltados às questões de desenvolvimento urbano de suas economias e sociedade.
“O que se propõe com essas parcerias é que se trata de um movimento plural com vários atores. São iniciativas que não têm dono, que não pertencem a nenhuma entidade ou governo, mas que é uma proposta direcionada aos setores, para promover o desenvolvimento econômico da cidade, e obviamente colaborando com o desenvolvimento das empresas já instaladas no município”, conforme explica Faria.
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Há pouco menos de um mês como titular da pasta, Faria explica que são importantes os desafios para que a cidade possa atrair novos players e garantir complementaridade à atividade econômica. “O crescimento econômico sustentável é aquele que você potencializa os setores em que eles vão prosperar por muito tempo, tendo melhorias expressivas nas condições a curto prazo, mas com efeitos prolongados para o futuro”.
Para o secretário, Belo Horizonte carece de alternativas de políticas públicas que se estendessem ao desempenho econômico. “Entre todos os parceiros envolvidos, a parceria projeta a construção de um grande legado, que não tem curto, médio ou longo prazo. No entanto, ela começa agora, mas que propõe um legado para as pessoas que participarão dessas instâncias no futuro”.
A geração de renda, emprego e melhora da qualidade de vida das pessoas é outro ponto que foi enfatizado no encontro, conforme avalia o presidente da CDL/BH, Marcelo de Souza e Silva. “É necessário políticas públicas que favoreçam o desenvolvimento socioeconômico. Com o apoio da Prefeitura teremos resultados mais rápidos”.
Investidores
Segundo Marcelo, a InvestBH assume o propósito de atrair investidores nacionais e internacionais. Tendo a participação de iniciativa público-privada, a divisão dos setores estratégicos garante que o desenvolvimento aconteça. Isso ocorrerá de uma forma organizada e também acelerada. Diante dessa necessidade, Faria acrescenta que é necessário transformar ainda mais Belo Horizonte em referência mundial, Ele argumenta que o foco deve ser em determinados segmentos do qual ainda não possuem holofotes no exterior.
“Nós temos alguns segmentos na cidade que alcançaram essa referência, como é o caso da gastronomia que hoje é reconhecida. Nós temos ainda o setor da saúde que tem sido muito próspero. Assim, como o setor de construção civil, e o próprio comércio com a prestação de serviços. Para as demais empresas desses setores, é mais viável investir ou instalar-se numa cidade onde já existe uma organização. Organização de uma determinada atividade que possa facilitar na disponibilidade de insumos e na oferta de mão de obra qualificada”, acentua.
Em pauta, quando se trata de desenvolvimento econômico, geralmente existem dois tipos de realidade. Algumas cidades contam com receita vinculada a um setor específico. “São cidades ligadas somente ao agronegócio, a exploração de petróleo ou a exploração mineral, por exemplo. Este é um cenário de boa parte das médias e grandes cidades brasileiras”, diz.
Faria ressalta que em oposição há pouquíssimos casos onde a realidade é plural e enriquecida. “Nessa realidade entra Belo Horizonte. Uma cidade que já é conhecida por setores pulsantes na economia. Ela é conhecida, pois já temos esse mapa, e já sabemos quais são esses setores que mais produzem e que mais contribuem para o seu Produto Interno Bruto (PIB)”.
As iniciativas de parceria entre as instituições visam ainda o objetivo de potencializar os setores produtivos. “Dessa forma, as empresas, sejam elas fixadas ou não em BH, seriam atraídas para um olhar que enxergue em Belo Horizonte um ecossistema virtuoso, um bom ambiente de negócios e uma abertura para que novas empresas se instalem e prosperem”, conclui.
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