Prefeituras mineiras aderem à paralisação nacional por queda de repasses

Nesta quarta-feira, 524 prefeituras em Minas Gerais vão aderir à paralisação dos municípios brasileiros em virtude da queda dos repasses do Fundo de Participação dos Municípios (FPM). Denominada “Sem FPM Não Dá”, a paralisação conta com a adesão de milhares de municípios em todo o País.
A Associação Mineira dos Municípios (AMM) destaca, porém, que as administrações municipais que suspenderem as atividades, devem manter a normalização dos serviços essenciais e de interesse público, como hospitais municipais, unidades básicas de saúde, escolas municipais, assistência social, segurança alimentar, trânsito, transporte público e limpeza pública.
O movimento nacional busca chamar a atenção da União e do Congresso para a situação crítica enfrentada por grande parte dos municípios, que se encontram à beira de um colapso. Segundo dados da Confederação Nacional de Municípios (CNM), 51% das cidades enfrentam dificuldades financeiras, principalmente devido à queda de 23,54% no repasse do FPM em agosto, além de atrasos em outros repasses, como royalties da mineração e do petróleo.
Dois fatores foram determinantes para essa queda: a menor arrecadação do Imposto de Renda das Pessoas Jurídicas (IRPJ) e o aumento das restituições do Imposto de Renda. Para se ter uma ideia, em julho, a redução no FPM chegou a 34% em comparação ao mesmo período do ano anterior.
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O presidente da AMM e prefeito de Coronel Fabriciano, Marcos Vinicius da Silva Bizarro (sem partido), explica que acompanhando a entidade nacional, vários presidentes de associações estaduais e muitos prefeitos mineiros decidiram pela paralisação. “Chegamos à conclusão que temos que somar forças. Vamos mandar um sinal de alerta a Brasília: não dá para continuar como está”, adiantou.
Dentre as cidades que não vão aderir ao movimento, está a capital Belo Horizonte, além de Contagem e Betim, na RMBH; Sete Lagoas, na região Central; Montes Claros, no Norte de Minas, assim como Uberlândia e Uberaba, no Triângulo Mineiro, e Ubá, na Zona da Mata.
Veja, a seguir, algumas cidades mineiras que já confirmaram a paralisação:
Bocaiuvas (Norte)
Buenópolis (Central)
Capitão Enéas (Norte de Minas)
Campo Belo (Sul de Minas),
Coronel Fabriciano (Vale do Aço)
Divinópolis (Centro-Oeste)
Diamantina (Central)
Espinosa (Norte de Minas)
Governador Valadares (Vale do Rio Doce)
Igaratinga (Centro-Oeste)
Ipatinga (Vale do Aço)
Januária (Norte de Minas)
Janaúba (Norte de Minas)
Joaquim Felício (Norte de Minas)
Nova Serrana (Centro-Oeste)
Padre Carvalho (Norte de Minas)
Paraisópolis (Sul de Minas)
Recreio (Zona da Mata)
Santana do Paraíso (Vale do Aço)
Timóteo (Vale do Aço)
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