Produção de aço bruto cai 10,9% em Minas Gerais

Em Minas Gerais, a produção de aço bruto manteve o ritmo de queda em julho. De acordo com os dados do Instituto Aço Brasil, a produção mineira caiu 10,9% frente a julho de 2022, encerrando o sétimo mês com um volume de 709 mil toneladas de aço bruto. Apesar do menor volume, o Estado manteve a liderança na produção, respondendo por 26,2% da produção nacional em julho.
Com o resultado mensal, a produção mineira de aço bruto encerrou os primeiros sete meses do ano com retração de 9%. Ao todo, foram produzidas 5,46 milhões de toneladas.
No acumulado do ano até julho, a produção do Estado respondeu por 29,3% do volume fabricado no Brasil. Minas liderou o ranking produtivo, seguido pelo Rio de Janeiro, com share de 26,3%, Espírito Santo, com 22,3%, e São Paulo, com 7,4%.
Assim como em Minas, a retração na produção de aço bruto também foi registrada no Brasil. Os dados mostram um volume de 2,7 milhões de toneladas fabricadas em julho de 2023. Quando comparado com igual mês de 2022, o montante caiu 4,7%.
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Nos primeiros sete meses do ano, a produção chegou a 18,6 milhões de toneladas, uma retração de 8,6% se comparada com o volume de 20,3 milhões de toneladas em igual intervalo do ano anterior.
Em Minas Gerais, a produção de semiacabados para venda e laminados chegou ao total de 793 mil toneladas em julho, volume que caiu 3,4% frente a julho de 2022 e representou 30,4% do volume nacional.
No acumulado do ano, a produção mineira ficou 3,6% menor, com 5,42 milhões de toneladas, contra 5,6 milhões registradas em igual intervalo do ano passado. Com o resultado, Minas Gerais produziu 29,5% do total nacional.
Mercado do aço
As vendas internas também estão menores no País. Os dados mostram um recuo de 8,4% frente ao volume apurado em julho de 2022 e de 1,3% se comparado com junho. Ao todo, foram 1,6 milhão de toneladas comercializadas.
Já o consumo aparente de produtos siderúrgicos atingiu 2 milhões de toneladas em julho, 0,8% superior ao apurado no mesmo período de 2022 e 1,4% maior que em junho.
“Chama a atenção o fato de em um mês com queda das vendas internas o consumo aparente ter aumentado. A alta é exclusivamente devida ao crescimento de 26,1% das importações no mês, que alcançaram 481 mil toneladas. Esse foi o maior patamar mensal de importações de produtos siderúrgicos desde julho de 2021”, explicou o superintendente de economia do Aço Brasil, Marcelo Ávila.
Ainda segundo Ávila, mais da metade das importações, ou 56,4% vieram da China. Em julho, as importações brasileiras da China atingiram 271 mil toneladas, o maior volume comercializado desde outubro de 2010.
“O Instituto Aço Brasil vê com preocupação o aumento crescente das importações em um cenário de mercado mundial com excesso de capacidade de 564 milhões de toneladas. Em julho de 2022 e 2023, a produção de aço bruto caiu 4,7%. As vendas internas recuaram 8,9%, enquanto o consumo aparente cresceu 0,8%, também impulsionado pela alta de 78,5% nas importações”.
As importações de aço, em julho de 2023, foram de 481 mil toneladas e movimentaram US$ 547 milhões, um aumento de 78,5% em volume e de 33,2% em valor na comparação com o registrado em julho de 2022.
Segundo os dados do Aço Brasil, as importações alcançaram 2,7 milhões de toneladas no acumulado até julho de 2023, um aumento de 48,4% frente ao mesmo período do ano anterior. Em valor, as importações atingiram US$ 3,3 bilhões e avançaram 21,8% no mesmo período de comparação.
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