Produção do setor industrial avança 2,2% em Minas Gerais
Em novembro, a produção industrial de Minas Gerais cresceu 2,2% em relação a outubro. O resultado do Estado ficou bem acima da média nacional, que encerrou o mês com queda de 0,1% na mesma base de comparação. Essa é a segunda taxa positiva consecutiva, somando um ganho de 4,1% apenas nestes dois meses.
Com o resultado, o ritmo de queda da produção industrial de Minas desacelerou e, no acumulado dos 11 primeiros meses de 2022, a retração é de 0,9%. Os dados são da Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física, elaborada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
De acordo com a analista da pesquisa de Serviços do IBGE em Minas Gerais, Alessandra Coelho de Oliveira, o setor industrial vem apresentando resultados favoráveis nos últimos dois meses.
“O setor industrial de Minas Gerais apresentou uma recuperação em 2021, logo após a crise gerada pela pandemia, mas entrou em tendência de queda. Desde outubro de 2022, a produção voltou a crescer e o Estado atingiu, em novembro, um crescimento 6,6% acima do nível pré-pandemia. Dentre os estados que estão acima do nível pré-pandemia, que são poucos, Minas é o primeiro em termos de percentual. Em nível nacional, o resultado é o oposto e o índice de produção está 2,2% menor que o visto no período pré-pandemia, que é fevereiro de 2020”.
Conforme os dados do IBGE, em novembro, frente a outubro, além de Minas Gerais, mais oito locais dentre os 15 pesquisados tiveram aumento da produção em novembro, tendo Paraná (8,5%) e Espírito Santo (7,6%) assinalado as maiores elevações. As maiores retrações foram registradas no Pará (-5,2%) e em Pernambuco (-2,0%).
Com a alta de 2,2% em novembro, no acumulado do ano até o 11º mês, a produção industrial em Minas Gerais apresentou redução de 0,9%. Percentual mineiro ficou acima da média nacional, que encerrou o período negativa em 0,6%. O resultado de Minas foi a quinta influência negativa no índice geral dentre os demais locais pesquisados.
No acumulado do ano, houve queda em oito dos 15 locais, com destaque para Pará (8,9%), Espírito Santo (7,2%) e Ceará (5,0%). Por outro lado, Mato Grosso (21,3%) apontou o avanço mais expressivo no índice acumulado do ano.
“Precisamos acompanhar os resultados dos próximos meses para avaliar a recuperação da produção, que ficou um longo período em queda. No acumulado do ano, a gente está vendo um resultado ainda negativo, mas também pode ser observada uma perda de ritmo na queda”.
Segmentos
No acumulado do ano, foram destaques a alta de 9,4% na fabricação de produtos do fumo, de 4,9% em fabricação de coque, de produtos derivados do petróleo e de biocombustíveis, de 2,9% em metalurgia e de 2,5% em fabricação de bebidas.
As quedas mais substanciais foram vistas na fabricação de produtos têxteis, 30,1%, fabricação de produtos de metal, exceto máquinas e equipamentos, 16,7%, e fabricação de outros produtos químicos, 10,1%.
Em relação ao mesmo mês do ano anterior, Minas Gerais apresentou aumento da produção industrial de 4,7%, enquanto o Brasil obteve crescimento de apenas 0,9%. O resultado corresponde à terceira maior influência positiva no indicador geral.
Dentre as treze atividades pesquisadas em Minas Gerais, oito apresentaram crescimento na produção industrial em relação ao mesmo mês do ano anterior. As maiores variações ocorreram em produtos do fumo (13,2%), metalurgia (10,3%) e veículos automotores, reboques e carrocerias (7,3%). No sentido oposto, destacou-se produtos têxteis, com queda de 47,1%.
Nesse comparativo com o mês do ano anterior, dez locais registraram expansão, sendo que São Paulo (7,3%) e Rio de Janeiro (6,0%) apresentaram os avanços mais intensos. Por outro lado, Pará (16,5%) e Espírito Santo (12,2%) apontaram os principais recuos em novembro de 2022.
Já no acumulado dos últimos 12 meses, a indústria mineira retraiu 0,8%, enquanto a nacional teve queda de 1%.
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