Produção industrial de Minas Gerais cresce acima do nível do Brasil

Em fevereiro, a produção industrial de Minas Gerais cresceu 0,9% em relação ao mês anterior, na série com ajuste sazonal. Com isso, a produção industrial encerrou o primeiro bimestre com alta de 5,8%. Os resultados de Minas Gerais foram mais positivos que os vistos no Brasil. Em fevereiro, enquanto a indústria mineira cresceu, a produção do País recuou 0,3%, acumulando, então, uma alta de 4,3% no primeiro bimestre.
Conforme a Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física (PIM-PF Regional), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), considerando fevereiro frente a janeiro, Minas Gerais foi a quinta influência positiva no indicador geral. Os resultados positivos contribuíram para que, no acumulado dos últimos 12 meses, a indústria de Minas Gerais crescesse 3,1%, frente à variação positiva de apenas 1% vista no resultado nacional.
A alta de 5,8% registrada no acumulado do ano foi puxada, principalmente, pela indústria extrativa, que, em Minas Gerais, cresceu 12,7%. A produção da indústria de transformação ficou 3,2% maior.
Conforme o IBGE, considerando o resultado do primeiro bimestre, 10 atividades apresentaram expansão da produção em Minas Gerais. Os destaques positivos foram as altas em Produtos de metal (19,3%) e em Máquinas, aparelhos e materiais elétricos (19,0%). Já a maior retração foi verificada em Máquinas e Equipamentos, 10,8%.
Indústria mineira segue positiva
De acordo com o economista-chefe do Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG), Izak Carlos da Silva, a indústria mineira segue com resultados mais favoráveis que o Brasil.
“O resultado da indústria mineira é muito positivo. É positiva sob todas as óticas que a gente possa comparar com o Brasil. Esse crescimento de 5,8% no primeiro bimestre foi puxado pelo bom desempenho da indústria extrativa no Estado, com alta de 12,7%, ao passo que a indústria extrativa do Brasil performou metade disso, com alta de 6,1%. A indústria de transformação do Estado também tem performado bem. No período, o crescimento foi de 3,2%, ficando, então, pouco abaixo do crescimento da indústria de transformação do Brasil, que cresceu 4%”.
Ainda segundo o economista do BDMG, o resultado mais expressivo em Minas Gerais frente ao Brasil se deve às características próprias do Estado.
“Tivemos um comportamento nesse primeiro bimestre que foi negativo em veículos em máquinas, e ambos têm um peso maior no Estado do que no País. Mas, temos outros setores que estão performando bem e compensando, como bebidas e segmentos da cadeia automotiva que não foram tão impactados pela sazonalidade negativa de início de ano, como no caso de produtos de metal e materiais elétricos”, explicou.
Indústria cresce sobre fevereiro de 2023
A alta também foi vista na comparação do desempenho da indústria de Minas Gerais em fevereiro com o mesmo mês do ano anterior. Conforme o IBGE, no período a elevação foi de 5,2%, sendo a quarta influência positiva no indicador geral. No Brasil, a expansão foi de 5%.
Mantendo a mesma base de comparação, houve avanço de 7,1% na indústria extrativa de Minas e de 4,4% na de transformação. Neste caso, conforme o IBGE, das 14 atividades de Minas Gerais, 12 apresentaram crescimento na produção industrial quando comparado com o mesmo mês do ano anterior.
As maiores variações ocorreram em Máquinas, aparelhos e materiais elétricos, 30%, Produtos de metal, 21,6% e Celulose, papel e produtos de papel, com aumento de 16,7%.
No sentido oposto, as reduções mais expressivas aconteceram na indústria de Máquinas e equipamentos, com queda de 11,9%, e Coque, produtos derivados do petróleo e biocombustível, 7%.
Perspectivas são positivas para Minas Gerais
Para o economista-chefe do Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG), Izak Carlos da Silva, a tendência é que a indústria mineira siga em crescimento.
“Para os próximos meses, esperamos crescimento da atividade industrial do Estado. A redução da taxa de juros e da inflação e a melhora no mercado de crédito devem manter aquecida a demanda por bens industriais. Adicionalmente, o crescimento da indústria extrativa deve ampliar a demanda por bens de capital”, explicou.
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