Economia

Receita da Copasa atinge R$ 1,28 bilhão

Receita da Copasa atinge R$ 1,28 bilhão
Lucro líquido da concessionária somou R$ 219,8 milhões no primeiro trimestre, alta de 36,7% em relação ao ano passado | Crédito: Divulgação

A receita líquida da Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa) no primeiro trimestre deste ano foi de R$ 1,28 bilhão, crescimento de 6% em relação ao mesmo período do ano passado. O resultado, divulgado ontem aos investidores, se deve ao reajuste tarifário de 3,04% ocorrido em novembro de 2020 e aos aumentos de 2,5% no volume de água e de 2,3% no de esgoto, por unidade consumidora. A inadimplência recuou 5%.

Durante a teleconferência com investidores e jornalistas, o diretor-presidente da Copasa, Carlos Castro, informou que a companhia registrou nos primeiros três meses do ano lucro líquido de R$ 219,8 milhões, aumento de 36,7% sobre o mesmo intervalo do ano passado. O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) somou R$ 520,2 milhões, expansão de 9,5% na mesma base de comparação. Segundo ele, os números mostram sustentabilidade econômico-financeira com a continuidade da política de ajuste de custos.

Outro fator que contribuiu para o resultado foi a queda de 5% na inadimplência. Segundo o diretor Financeiro e de Relações com Investidores da Copasa, Carlos Augusto Botrel Berto, o recuo é reflexo da retomada, em dezembro de 2020, das ações de cobrança, envolvendo a suspensão do fornecimento dos clientes com débitos em atraso, e das campanhas de negociação em condições especiais.

“É importante ressaltar que os valores recebidos com o pagamento das faturas pelos seus clientes são a única fonte de receita da companhia. Tivemos também o aprimoramento da metodologia da constituição de provisões referentes aos valores não recebidos, sendo que as baixas contábeis, para os clientes inadimplentes, que eram feitas com 180 dias de vencimento, passaram para 360 dias.”

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O diretor informou ainda que a companhia fechou o mês de março deste ano prestando serviços de água em 640 municípios e de esgotamento sanitário em 310. Hoje, segundo ele, 77,5% das receitas de água e esgoto da companhia são provenientes de concessões cujos prazos de vencimentos ocorrem após janeiro de 2034. Ao fim do primeiro trimestre, encontravam-se vencidas concessões em 69 cidades, representando 3,2% das receitas de água e esgoto da Copasa.

“Esses municípios tiveram seus contratos encerrados e não foram renovados. Entretanto, atendendo ao princípio da continuidade da prestação dos serviços públicos essenciais, os serviços continuam sendo prestados e faturados normalmente pela Copasa”.

Investimentos – A companhia também informou que, neste ano, os investimentos previstos totalizam R$ 1,31 bilhão. Serão atendidas demandas voltadas à universalização dos serviços. Já os valores do Programa Plurianual de Investimentos, para o período de 2022 a 2025, somam R$ 5,17 bilhões que serão investidos em ampliação de sistemas de abastecimento de água e esgotamento sanitário, na extensão de redes, em segurança hídrica, no combate a perdas, no atendimento de metas regulatórias e de eficiência, em compromissos de concessão assumidos, entre outros.

Já o programa de investimentos para este ano da Serviços de Saneamento Integrado do Norte e Nordeste de Minas Gerais S/A (Copanor) é de R$ 47,2 milhões. Até março, foram investidos R$ 4,1 milhões. O objetivo é ampliar as condições de infraestrutura da prestação de serviços no Norte e Nordeste do Estado, regiões semiáridas que apresentam grandes desafios, segundo Carlos Berto.

“Os índices pluviométricos dessas regiões são baixíssimos. A opção é buscar sistemas mistos superficiais e subterrâneos, e em alguns casos, reservatórios de acumulação. Em relação ao esgoto,pela dispersão e falta de corpos receptores, precisamos buscar alternativas de esgotamento mais simplificadas, pelo alto custo do sistema dinâmico, que seriam fossas sépticas e disposição no solo”.

Pandemia – Em relação à pandemia, o diretor financeiro informou que não houve mudança significativa em relação ao consumo. “Observamos que o consumo residencial, desde o início da pandemia, apresentou uma elevação, pois as medidas de isolamento social resultaram na permanência das pessoas nas residências e, juntamente, com os novos hábitos de higiene e trabalho gerados pela pandemia, fez com que o consumo dessa categoria apresentasse alta.

Em contrapartida, a restrição de abertura de algumas atividades, bem como a implementação do trabalho remoto, resultou em menor volume consumido pelo grupo não residencial”, disse.

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