Receita da Ecogranito deve triplicar neste ano
Pioneira na produção e venda de um revestimento que substitui e imita o granito e pedras ornamentais, a empresa mineira Ecogranito deve crescer mais de 200% em faturamento neste ano em relação ao ano passado. O produto, que já ganhou o cliente mineiro, chegará a outros estados com a ampliação do comercial da empresa em todo o Sudeste. A expectativa do diretor comercial, Renato Las Casas, é que as vendas dobrem nos próximos 90 dias e a carteira de clientes passe de 5 mil para 10 mil, entre pessoas físicas e jurídicas, até o fim deste ano. A expansão da empresa, com sede em Contagem, é consequência de um ótimo desempenho dos negócios nos últimos anos. De acordo com Las Casas, em 2017, a empresa registrou um crescimento de 180% no faturamento em relação ao ano anterior. Ele acredita que o sucesso nas vendas está diretamente ligado ao maior conhecimento dos clientes da técnica de revestimento, que foi criada há 30 anos no Japão, mas ainda é muito pouco divulgada no Brasil. “Somos pioneiros na produção do revestimento e atendemos grandes empresas como MRV e Drogaria Araujo”, completa. O revestimento, que assim como a empresa é chamado de ecogranito, é feito de resíduos gerados na exploração de jazidas, principalmente do Espírito Santo. O produto final é uma massa que ao ser aplicada na parede ou em superfícies como pias de banheiro ou mesas adquire a aparência de granito ou rocha ornamental e tem mais de 40 opções de cores diferentes. O material é vendido por quilo a um custo que chega a ser 30 vezes mais baixo que o valor das pedras. “O metro quadrado do ecogranito aplicado custa em torno de R$ 80, enquanto que a aplicação de uma pedra simples chega a R$ 300”, afirma. O empresário explica que a economia é grande não apenas por causa do material em si, mas também devido à economia no processo de instalação. “O ecogranito pesa 7% do que pesa a pedra, então a aplicação é muito mais facilitada, chegando a ser 15 vezes mais rápida em relação à aplicação do granito ou da pedra ornamental”, diz. Las Casas acredita que o período de crise vivido no Brasil ajudou na divulgação do produto, tendo em vista que os clientes passaram a procurar opções mais econômicas para a construção. Ele acredita que, agora que o produto ganhou o consumidor, ele não será substituído pela pedra verdadeira, nem mesmo com a melhora da economia. “O cliente veio por causa da crise, gostou do produto e agora continua comprando”, comemora. Produção – Segundo ele, a indústria produz, hoje, 15 mil metros quadrados por mês do ecogranito só para os clientes de Belo Horizonte e região metropolitana. Segundo ele, a empresa já entregou o material para obras fora do Estado, mas se tratavam de clientes conquistados no mercado mineiro e que tinham unidades fora de Minas Gerais. A partir deste semestre, o diretor afirma que será uma estratégia da empresa ampliar seu comercial para prospectar novos clientes em outros estados do Sudeste. “O foco do comercial será, principalmente, em construtoras, reformadoras e também em arquitetos. Nossa expectativa é que, com essa expansão, as vendas aumentem duas vezes nos próximos 90 dias”, aposta. A ampliação também ajudará a empresa a atingir sua meta de 200% de crescimento em faturamento em 2018 em relação a 2017.
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