Santander Brasil registra alta de quase 30% no lucro no 2º trimestre
São Paulo – A combinação de alta robusta do crédito e controle das despesas operacionais e com provisões para calotes impulsionaram o lucro do Santander Brasil no segundo trimestre. O maior banco estrangeiro no País anunciou, ontem, lucro gerencial, ou recorrente, de R$ 3,025 bilhões no período, montante 29,6% maior do que os R$ 2,335 bilhões de igual etapa de 2017. Na comparação sequencial, o aumento foi de 5,8%. Já o lucro societário, referência para remuneração aos acionistas, subiu 58,1% ano a ano e 5,4% sobre o trimestre anterior, para R$ 2,972 bilhões. Assim como tem ocorrido nos últimos quatro trimestres, o impulso no lucro foi apoiado por forte crescimento das operações de crédito do banco. No fim de junho, a carteira de empréstimos do Santander Brasil somava R$ 290,48 bilhões, um aumento de 13,1% em 12 meses. O destaque foi o financiamento ao consumo, com um salto de 23%. Além do aumento do volume de operações, o banco praticou maiores spreads – diferença entre o custo de captação e o valor cobrado para emprestar a clientes. Com isso, a receita oriunda das operações de crédito cresceu 20,1% ano a ano. E a qualidade da carteira foi mantida, com o índice de inadimplência acima de 90 dias em 2,8%, queda de 0,1 ponto percentual na comparação anual e sequencial. Com isso, a despesa do banco com provisões para perdas com calotes, menos a despesa com recuperação de operações baixadas para prejuízo, somou R$ 2,6 bilhões no trimestre, queda de 1,8% contra o primeiro trimestre. O indicador que mede o custo do crédito ficou estável ano a ano, em 3,2%. Em outra frente, as receitas com tarifas e serviços subiram 3,4% contra o trimestre imediatamente anterior e evoluíram 12,7% ano a ano, para R$ 4,28 bilhões. As chamadas despesas gerais avançaram em ritmo inferior ao da expansão das receitas, mesmo com o banco ampliando em 1,4 mil seu quadro de funcionários no período de 12 meses encerrado em julho. As despesas, que incluem salários, tiveram alta anual de 7%, para R$ 4,87 bilhões. Com esse conjunto, a rentabilidade anualizada sobre o patrimônio líquido, que mede como um banco remunera o capital de seus acionistas, foi de 19,5% no período, aumento de 0,4 ponto percentual sobre o trimestre anterior. GetNet – O Santander Brasil também informou ontem que a sua adquirente, a GetNet, elevou seu faturamento em 33,5% no segundo trimestre, totalizando R$ 44,1 bilhões, em relação ao visto um ano antes, de R$ 33,1 bilhões. Assim, a participação do banco no “mercado de maquininhas” atingiu 13,2%, expansão de 2,2 pontos percentuais em 12 meses, considerando dados da Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços (Abecs) de março. Em número de transações, foram 508,1 milhões de abril a junho, aumento de 9,27% sobre os três meses anteriores. Ante um ano, foi registrada expansão de 38,15%. No primeiro semestre de 2018, a GetNet capturou R$ 85 bilhões em suas máquinas, cifra quase 32% superior à registrada em idêntico intervalo do ano passado, que foi de R$ 64,512 bilhões. O banco destaca ainda, em relatório que acompanha as suas demonstrações financeiras, que a GetNet avançou em seu posicionamento físico e digital com a habilitação do pagamento contactless (tecnologia NFC), que atingiu cerca de 90% da base de terminais (POS, na sigla em inglês), melhorando a experiência dos clientes. De saída – O Banco Santander Espanha decidiu descontinuar o programa de Certificados de Depósito de Ações (BDRs) Nível III na B3. O conselho do banco na Espanha aprovou ainda que, após concluído o processo, ocorra o cancelamento do registro do Banco Santander Espanha na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) como companhia aberta emissora estrangeira de valores mobiliários (na categoria “A”). “Esclarece-se que a Descontinuidade do Programa de BDRs do Banco Santander Espanha em nada afeta a negociação das ações e das Units do Banco Santander (Brasil) S.A., que continuarão sendo negociadas normalmente na B3”, conforme fato relevante.
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