Brasil registra 162 pedidos de recuperação judicial em outubro

O número de pedidos de recuperação judicial no Brasil cresceu 19,1% em outubro na comparação com o mês anterior, passando de 136 para 162 requisições. O Indicador de Falências e Recuperação Judicial da Serasa Experian revela que esse foi o patamar mais elevado do ano até agora. O índice também avançou 51,4% no comparativo com outubro do ano passado (107).
Para o economista da Serasa Experian, Luiz Rabi, esse aumento nas solicitações de recuperação judicial é reflexo do crescimento de organizações que estão diante de uma iminente insolvência causada pela acumulação significativa de débitos vencidos.
“Para evitar essa conjuntura, as empresas devem buscar prontamente a reorganização de seus recursos financeiros, o que implica em negociações com os credores e na implementação de estratégias para ampliar a receita e cumprir com os compromissos financeiros. Adicionalmente, é observado que as Micro e Pequenas Empresas desempenharam um papel proeminente nesse cenário de elevação”, explica.
Esse cenário é refletido nos números apresentados pelo levantamento, na qual, revela que as Micro e Pequenas Empresas (MPEs) puxaram a alta dos pedidos de recuperação judicial no País, com 113 solicitações em outubro deste ano. Em seguida aparecem as companhias de médio porte, com 33 pedidos, e as grandes empresas, com 16 requisições feitas no último mês.
Já na divisão por setores, o destaque foi o setor de Serviços, com 80 pedidos deste tipo no período. Depois aparece o Comércio (39), o Setor Primário (23) e a Indústria (20).
Queda nos pedidos de falências
Por outro lado, a pesquisa do Serasa Experian também revelou que os pedidos de falência tiveram queda de 14,1% em outubro frente ao mesmo mês do ano anterior. Ao todo, foram 61 pedidos realizados, 15,3% abaixo do registrado em setembro deste ano.
As MPEs foram os grandes destaques na divisão por porte, com 34 pedidos de falência. Em seguida vieram as empresas de médio porte e as grandes companhias, com 16 e 11 requisições, respectivamente. No recorte por setores, o Primário não marcou solicitações, já o setor de Serviço apontou 26, o Comércio marcou 19 e a Indústria registrou 16 pedidos de falência no mês anterior.
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