Economia

Serviços registram recuo mais forte em 7 meses

São Paulo – A contração da atividade do setor de serviços do Brasil se intensificou e atingiu o ritmo mais forte em sete meses em junho depois de a greve dos caminhoneiros afetar preços e em meio à demanda contida, embora o otimismo à frente tenha melhorado, de acordo com a pesquisa Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês) divulgada ontem. O IHS Markit informou que o PMI de serviços do Brasil recuou a 47 em junho de 49,5 em maio, segundo mês seguido abaixo da marca de 50 que separa crescimento de contração e nível que destaca a redução mais forte no volume de produção desde novembro de 2017. “A desaceleração foi associada à demanda fraca, à greve dos caminhoneiros e à incerteza do mercado. O subsetor mais afetado foi o de Transporte e Armazenamento”, explicou o IHS Markit em nota. A greve dos caminhoneiros paralisou o abastecimento de combustíveis, alimentos e outros insumos no País no fim de maio, prejudicando a atividade econômica e a confiança dos agentes econômicos. O volume de novos negócios continuou a crescer no setor de serviços em junho, porém, a recuperação perdeu força e chegou ao patamar mais lento na atual sequência de expansão de seis meses, com o crescimento das vendas dificultado pelos protestos dos caminhoneiros. A taxa de inflação dos insumos atingiu uma máxima de 17 meses sob a pressão de alimentos, combustíveis e energia, com o aumento mais forte nas cargas de custos apurado no subsetor de Transporte e Armazenamento. Os empresários do setor de serviços aumentaram assim seus preços de venda em junho, com a taxa de inflação dos preços cobrados sendo a mais forte desde fevereiro de 2016. Cortar despesas – O cenário manteve o setor em busca de cortar despesas, com os empresários reduzindo funcionários pelo 40º mês seguido. Mas apesar de a atividade econômica ter sido afetada pela greve e de o País viver um cenário de incertezas diante com a eleição presidencial de outubro, os fornecedores de serviços preveem volume maior de produção nos próximos 12 meses. O grau de otimismo reflete, segundo o IHS Markit, expectativa de condições melhores de mercado após a eleição, além de planos de reestruturação, novas ofertas e campanhas publicitárias.

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