Sete Lagoas vai ganhar aeródromo

Sete Lagoas, na região Central do Estado, deve contar num prazo inferior a doze meses com um aeródromo, segundo previsão do presidente do Grupo Veredas, Rodrigo Ribeiro Barbosa, responsável pelas obras. Ele explica que o prazo é para a pista asfaltada. “É possível que a pista possa operar ainda este ano, talvez sem asfalto”, diz.
O aeródromo para aviação executiva terá uma pista de 1.400 metros e vai contar com 20 hangares, com capacidade para 200 aeronaves. A estimativa é de que já na fase inicial do projeto, sejam recebidos 70 aviões. O empreendimento, batizado de Campo de Bagatelle, já foi autorizado pelo Departamento de Controle do Espaço Aéreo (Decea).
De acordo com o executivo, a construção da pista deve consumir por volta de R$ 16 milhões e um hangar em torno de R$ 4 milhões. Ele estima que, pelo menos, um hangar deve ser finalizado até o fim de 2025. “Os hangares demandam de seis a oito meses de construção”, conta. Barbosa diz que o empreendimento tem como foco a excelência, com o objetivo de ser uma das melhores pistas privadas do País. “Do Estado de Minas Gerais será, com certeza”, destaca.
Outro foco do aeródromo Campo de Bagatelle, em Sete Lagoas, segundo o diretor de desenvolvimento e sócio da Aurea Finvest (idealizadora do projeto), André Pompeu, é absorver a demanda provocada pelo fechamento do aeroporto Carlos Prates, em Belo Horizonte.
“Muitas das aeronaves que estavam na capital mineira tiveram que ser deslocadas para locais distantes. A cidade de Sete Lagoas vai se tornar a melhor opção de aviação executiva para quem está na região metropolitana de Belo Horizonte”, destaca.

Ele acrescenta que a ideia é oferecer alternativa mais próxima e que gere redução de custo para os proprietários de aeronaves. Além das obras da pista, dos equipamentos e da construção de um FBO (Fixed-Based Operator ou operador de base fixa, que contempla um terminal aéreo privado para o embarque e desembarque de passageiros, além de serviços aeronáuticos, como hangares de aeronaves, manuseio e área de operações de voo), o executivo destaca que o espaço vai permitir a instalação de um leque de oportunidades relacionadas à aviação, como oficinas especializadas, escolas técnicas, postos de abastecimento e centros comerciais.
Projeto conta com aeródromo e mais loteamento em Sete Lagoas
Além das obras do próprio aeródromo, o projeto idealizado pela Aurea Finvest, contempla um loteamento de casas tipo fly-in (conceito de casa com hangar em condomínios aeronáuticos), com vias para os aviões possam se deslocar até as garagens das casas. Dessa forma, o investimento previsto passa para cerca de R$100 milhões.
O modelo do empreendimento residencial escolhido para o local permite que os proprietários possam guardar seus aviões na garagem de casa. Os lotes do condomínio de casas serão de 2 mil metros quadrados. Essa etapa do projeto será lançada em 2025.
Os projetos do aeródromo e do loteamento serão realizados pelo Grupo Veredas. A construção do aeródromo Campo de Bagatelle e do loteamento residencial estão inseridos numa área de 7,8 milhões de metros quadrados, em Sete Lagoas. No local, a Aurea Finvest também desenvolve um condomínio logístico e industrial, o ECO 238, que vai se beneficiar do uso do novo aeródromo.
“Temos nove indústrias se instalando no projeto”, destaca o diretor de desenvolvimento e sócio da Aurea Finvest. Ele conta que, atualmente, o empreendimento está com 70% da capacidade ocupada na sua primeira fase.
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