Setor de serviços do País cai em março em ritmo mais forte em 8 meses

São Paulo – A intensificação da pandemia de Covid-19 e as restrições mais rígidas para conter sua disseminação golpearam em cheio em março o setor de serviços do Brasil, que encolheu no ritmo mais forte em oito meses, mostrou a pesquisa Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês) nesta terça-feira.
O PMI de serviços para o Brasil caiu a 44,1 em março, de 47,1 em fevereiro, aprofundando-se pelo terceiro mês seguido ainda mais abaixo da marca de 50, que separa crescimento de contração, segundo dados do IHS Markit. Além disso, foi o ritmo mais forte de redução desde julho de 2020.
O resultado foi atribuído à fraqueza contínua da demanda, intensificação da crise de Covid-19 e restrições mais rigorosas para conter a doença, o que levou a forte queda na entrada de novos trabalhos.
O fluxo de novos trabalhos recuou em março pelo terceiro mês seguido e no ritmo mais forte desde junho passado, com os cinco subsetores em contração – Serviços ao Consumidor registrou o decréscimo mais acentuado.
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O mês foi marcado ainda por renovado declínio nas encomendas do exterior, o mais intenso desde outubro, depois de registrarem crescimento em fevereiro.
A fraqueza no setor de serviços e a redução no ritmo de crescimento da indústria no Brasil levaram o PMI Composto a cair a uma mínima em nove meses de 45,1 em março, ante 49,6 em fevereiro.
“A confiança empresarial sofreu um golpe com as empresas cada vez mais preocupadas com o aumento no número de casos (de Covid-19) e a possibilidade de as restrições permanecerem por um tempo. Onde foi registrado otimismo, os entrevistados mostraram esperanças de distribuição mais rápida de vacinas contra a Covid-19”, disse a diretora associada de economia da IHS Markit, Pollyanna De Lima.
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